Segredo

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Naquele mesmo dia enquanto trabalhavam na lavoura os pais de Rosa falavam sobre Fernando, os dois concordavam que ele era um bom partido, e um casamento entre ele e sua filha seria uma ótima opção.

— Vamos chamá-lo para jantar lá em casa hoje. — Disse a mãe da jovem, olhando-o de canto de olho.

— Será que isso não vai irritar a nossa filha?

— Que fique, só estamos pensando no bem dela.

Seu Olavo, pai de Rosa, não disse mais nada. Ele era um bom marido, que fazia tudo que Regina queria.

Por volta das 19h da noite enquanto estava no seu quarto lendo um livro, Rosa ouviu uma voz diferente na casa, ela deixou o livro sobre o criado mudo e foi ver quem era. Estavam ali sentados a mesa da cozinha, sua mãe seu pai e Fernando.

— Filha, senta aí, vamos jantar.

Rosa, sentou-se a mesa ao lado da sua mãe.

— Boa noite, Rosa. — Disse Fernando encarando a jovem.

— Boa noite, Fernando. — Rosa disse com um sorriso gentil.

Não era mentira que Rosa estava muito irritada com o fato dos seus pais estarem a empurrando para os braços de Fernando. Mas ela não podia descontar isso nele, por isso o tratou com gentileza.

Eles comeram em silencio, e no final da refeição a mãe de Rosa disse olhando para seu Olavo.

— Nós vamos lavar a louça e vocês dois podem ir para a sala conversar um pouco. — A mãe de Rosa disse, sorrindo.

Fernando e Rosa olharam-se e levantaram-se, indo para o cômodo do lado.

Sendo os únicos na sala, eles se olharam com curiosidade. Rosa só pensava que eles nem sequer combinavam, não davam liga. Não podia ser. Ela, na verdade, estava fazendo um favor em rejeitar a ideia de uni-los. Fernando limpou a garganta e disse:

— É impressão minha ou você parece incomodada com a minha visita.

— Não... Não é isso. — Disse ela, desconcertada.

— Você não sabia que eu vinha, não é mesmo?

— Na verdade não. Isso foi coisa dos meus pais.

Fernando se sentiu um verdadeiro tolo, pois a mãe de Rosa disse a ele que a jovem quem havia o convidado.

— Me desculpe por isso. Eu vou embora.

Rosa, olhou para Fernando em sua frente respondeu:

— Não é culpa sua.

A jovem acompanhou Fernando até a porta, e assim que ela foi fechada Rosa se deparou com a face furiosa da sua mãe.

— Onde está o Fernando?

— Ele foi embora, mãe.

— Sua menina burra! Sabe quantas moças gostariam de ter a atenção do Fernando Teixeira?

— Eu não me importo com isso.

— Você é uma tola. Eu e seu pai estamos nos matando para te dar um bom futuro, um marido bom e você manda ele embora sem mais nem menos!

— É só parar de ficar arrumando marido pra mim, mãe.

— Por que, Rosa?

— Eu não quero marido nenhum.

— Você é uma tola!

Rosa teve uma leve tontura e cambaleou, o seu pai correu para segurá-la.

— Rosa, você está bem?

— Não se preocupe pai, eu tou bem. — A jovem disse se recompondo.

— Já chega disso, Regina você vai matar a nossa filha.

— Isso é só manha dessa menina, Olavo.

Rosa foi para o seu quarto e lá ela chorou, enquanto alisava a sua barriga, mole, com suas mãos levemente inchadas. Algo comum, a barriga de grávida ficar mole devido à retenção de líquido que ocorre no início da gravidez. Essa retenção de líquido acontece para que a grávida possa aumentar o seu volume sanguíneo e se adaptar à gravidez. Devido a gestação estar no quinto mês. Ela também estava com dor na região lombar. E já sentia dificuldade para encontrar uma posição confortável para dormir.

Rosa já estava na cama se cobrindo quando sua mãe entrou no seu quarto indo para cima dela, puxando o lençol que cobria o seu corpo.

— O que é isso, mãe?

— Tire a roupa. — Ordenou a mãe de, Rosa.

— Não. Me deixa dormir.

— Tire a roupa agora mesmo, Rosa.

— Não.

Regina pulou sobre a cama e começou a rasgar todo o camisolão que Rosa vestia, revelando o segredo dela.

O pecado do padreWhere stories live. Discover now