「𝘚𝘦𝘯𝘥𝘰 𝘳𝘦𝘦𝘴𝘤𝘳𝘪𝘵𝘢」
Ivy Dorothea O'Brien, abandonada aos doze anos de idade por sua mãe, Morgana O'Brien, e filha perdida de Aro Volturi, primeira vampira evoluída da humanidade, capaz de se camuflar diante dos humanos melhor do que os o...
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•𝐈𝐯𝐲 𝐕𝐨𝐥𝐭𝐮𝐫𝐢•
-Isso é... sinto muito. - Madeleine abaixa a cabeça. - Pode contar mais sobre sua história? Sei que deve ter mais, É uma Vampira.
- Claro. Depois de ter morrido, eu não vi nada, tudo era muito escuro. Eu não chamaria aquilo de inferno, muito menos de céu ou paraíso. Estava mais para o limbo. Eu tinha a escolha de morrer mesmo ou... Eu venderia o corpo e alma de Elena em troca da minha reencarnação. Demorei quarenta e cinco anos para decidir se iria ou não reencarnar, até que decidi e reencarnei em mil novecentos e sessenta e seis, mas Elena morreu no mesmo dia em que me envenenou. -Soltei um suspiro antes de continuar. - Desde que reencarnei, procurei por ele, Edward, o procurei por exatos quarenta e três anos. Até achá-lo esse ano, com outra garota. Eu só reencarnei por ele, e ele me disse para esquecer tudo o que ele me prometeu... tudo que prometemos.
- E o que ele quis dizer? Vocês prometeram algo? Era como nos filmes clichês em que prometem nunca se separar? Que tudo será para sempre? Isso é uma grande besteira, pois, se isso fosse real, você não estaria aqui sentada no chão comigo, suja e descabelada; estaria com ele. Mas ele está com outra pessoa e você está aqui. Essa é a realidade. - Ela diz, levantando a cabeça. Quantos anos ela deve ter? Dezessete? Quem será que magoou ela? - Se ele realmente te amasse, estaria contigo e não com ela. O amor é uma mentira.
- Quantos anos tem a pirralha? É surda também, por acaso? Acabei de dizer que passei o resto da minha vida miserável sem desistir dele porque eu amava aquele cara mais do que tudo na minha vida. O amor não é uma mentira, não é só porque um moleque te deu um pé na bunda que você vai desistir do amor. O amor é lindo, uma das coisas que adorei sentir e ainda sinto, pouco, mas ainda assim sinto. Então, vagabunda, vai se levantar dessa lama em que está sentada, vá para sua casinha tomar um banho e ir dormir bem, para quando crescer, vir conversar comigo de volta quando tiver consciência do que realmente é o amor. - cuspo as palavras na cara dela, me levantando do chão e indo para casa em velocidade humana após ouvir vozes e passos humanos perto de onde estávamos, até escutar passos apressados atrás de mim.
- Ei, Ivy. - Escuto ela gritar e viro para vê-la. - Eu não tenho casa, então... se puder me deixar na sua casa por um tempo...
- acabei de te chamar de vagabunda e quase te matei.
- Mas estou viva, não estou? E posso conviver com você me chamando de vagabunda. - Ela da de ombros, ainda esperando minha resposta.
- O que eu ganho em troca? - pergunto. Ela desprezou o amor e a minha história, por que conviveria com ela?
- Vi que você estava se alimentando de animais, então posso caçar para você. Sei que não é muita coisa, mas é o que eu posso. - Madeleine diz.
- Partiu para minha casa, arqueira. - Virei-me para continuar o caminho até chegar em casa, que não estava tão longe, dando um sorriso de lado ao ouvir Madeleine dar pulinhos de alegria e logo após correr em minha direção.