Don't blame me

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Maya nunca esteve com a mente tão perdida. Era tanta informação que ela não sabia o que fazer.

A pessoa mais próxima da sua mãe, que conhecia a história da sua tribo era sua tia Beth e ela não poderia voltar na loja sem Embry, mas mexer naquela história ela ter que lidar com Sam, algo que a bruxa não estava psicologicamente preparada. Ela era a chave para todas as respostas.

Sexta era o único dia que a mulher não dava aula na escola e era o dia que ela pegava para treinar magia, mas ela se via totalmente bloqueada naquele momento. Ela tentou todos os feitiços de quebra de correntes, mas aquela maldição era grande demais e ela não sabia se era possível reverter aquilo oi não.

Maya suspirou saindo da estufa e indo em direção a casa dos Blacks, vendo que Billy a esperava no quintal com um xícara na mão.

- Café do jeito que você gosta - Ele disse entregando a xícara para a filha, que sorriu sentando na cadeira ao lado dele. - O que esta acontecendo Joaninha? Você esta o dia inteiro bufando e reclamando naquela estufa.

- Você consegue separar os papeis? Consegue ser só meu pai e não o antigo alfa e atual líder do conselho? - Maya observou o pai franzir o cenho preocupado - Não é para perigoso para a reserva, te prometo, mas realmente preciso do meu pai, não líder do povo.

- Por mais que seja difícil para você entender filha, eu sempre separei esses papeis. - Billy disse pegando a mão da filha - Estou aqui como seu pai, o que aconteceu?

- Você sabia que a mamãe sofreu um aborto do primeiro filho de vocês? - Maya disse olhando no fundo dos olhos do pai, para pegar qualquer furo de mentira.

- Sabia, mas eu não sabia que era algo hereditário, que isso passaria para você querida, se não teria te contado.

- Hereditário? Mamãe não te conto da maldição? - Maya soltou com o tom de voz bem surpreso.

- Que maldição? - Billy devolveu no mesmo tom de voz.

- O que você sabe sobre a mãe do Embry? - Maya levantou andando de um lado para o outro, começando a sentir sua cabeça doer. - O que você sabe sobre a amante do pai de Sam?

- Maya, não estou te entendendo. - Billy disse encarando a filha que agora estava sentada de frente para ele - O que Embry e Sam tem haver com o aborto da sua mãe?

- Pai, me responde sobre a mãe de Embry. - Maya disse quase que suplicando.

- Embry é filho de uma prima da sua mãe. Ele cresceu na reserva com ela, até que quando ele tinha três anos, ela faleceu de câncer. Como a família do Sam não aceitava um filho bastardo, sua mão apagou as memórias de algumas pessoas para não ligarem essa prima ao pai do Sam, isso foi um consenso do conselho.

- Por isso tio Harry não lembrava dela quando selou o tratado da fronteira - Black sussurrou, abrindo os olhos. - Por que a mamãe faria isso, qual o sentido disso tudo?

- Maya, eu te dei resposta, agora você precisa me dar as suas, que merda está acontecendo - Billy disse puxando a filha para se sentar novamente.

- A muito tempo, quando a tribo da mamãe ainda existia, houve uma briga por território com uma máfia italiana que estava dominando a cidade. Todos os filhos da máfia foram mortos pelas bruxas, foi uma maldição da água, e como vingança, uma maldição dos ciganos italianos foi jogada na linhagem Makah, todos os primeiros filhos seriam dados como sacrifício, para que todo o resto da linhagem pudesse sobreviver, antes mesmo de completar o primeiro mês no ventre da mãe, a criança seria puxada pelos espíritos ciganos italianos. - Maya encarou o pai, que agora estava vidrado na história, com a boca aberta pela surpresa. - Alguma coisa acontece com a intervenção da família Uley, porque foi jogado neles a maldição da amante, toda geração da linhagem vai ter um filho bastardo, negado por aqueles que deveriam amar.

A magia que habita em nós | Paul LahoteWhere stories live. Discover now