To the moon and back

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Paul acordou cedo naquele sábado, ele estranhou não ter Maya na cama, sabia que ela tinha deitado ao lado dele porque sentiu o calor do corpo dela se misturando com o calor do corpo dele.

Mas naquela manhã, ela não estava mais ali. Paul foi até o banheiro, mas estava vazio. Desceu rapidamente olhando na sala e depois na cozinha.

Travou quando viu uma carta apoiada na fruteira com seu nome na frente. Sua respiração começou a ficar pesada.

Lahote pegou a carta e foi para a sala, sentando no sofa, se preparando para o que podi estar ali, mesmo já sabendo no fundo.

" Paul,

Sei que ler essa carta pode ser um dejavu, a cinco anos atrás eu parti e deixei uma mera carta com uma explicação rasa.

Ontem, após a nossa briga, fiquei pensando em tudo que me fez mudar nesses cinco anos. Por tempos eu me lamentei por ter ido embora, por ter perdido todos que amo, mas hoje entendo o quanto isso foi necessário, mas mesmo assim, eu continuo sendo a mesma Maya altruísta, mas a diferença é que dessa vez estou lutando pela minha causa e não pela dos outros.

Sei que deve ser confuso entender o peso de uma maldição, mas para uma bruxa isso é enorme e limitante, ainda mais quando o erro é da sua linhagem. Eu não posso permitir que nossa geração viva com o fardo e não posso viver sabendo que colocaria as futuras gerações da reserva nesse mesmo fardo. A Maya de antes não permitiria isso, a Maya de agora não irá permitir. Sei que nisso você entende que eu não mudei.

Existe uma discussão enorme dentro do mundo bruxo sobre qual a maior fonte inesgotável de magia e posso afimar que a minha é você Paul.

Sei que sou covarde de estar deixando uma carta e não falar isso na sua frente, mas eu nunca conseguiria olhar nos seus olhos dizendo tudo isso sabendo que pode ser a ultima vez que vou ver seus olhos castanhos brilhando para mim. Sou covarde, mas covarde pelo amor que sinto por você.

Você é o que me prende na terra e vou lutar para voltar por você.

Espero que possa me perdoar por seguir esse caminho.

Te amo até a lua ida e volta, infinitas vezes.

Da sua gravidade"

Paul enxugou as lagrimas e deixou a carta na mesa, correndo para a casa de Leah, socando a porta.

- Paul? - Leah e Mason abriram a porta com cara de sono atordoados.

- A Maya, ela foi - Paul tentava encontrar palavras, mas Mason entrou buscando a chave do carro já entendendo.

- Merda. Merda. Merda - Leah disse puxando Paul para fora da casa.

Mason entrou no carro junto com os lobos e dirigiu como se sua vida dependesse daquilo. E na verdade dependia. Maya era sua irmã, eles não se conheciam desde a infância, mas no momento que seus olhares cruzaram, ele sabia que a alma deles estava ligada para sempre. Maya sempre foi o abrigo de todos, mas Mason sempre foi o abrigo dela. E ele não estava preparado para perder sua melhor amiga.

Leah olhava o gps vendo a cada segundo que o tempo não mudava tanto quando ela queria. Ela e Maya tinham meses de diferença, suas mães eram muita amigas e a amizade passou para as mais novas. Elas eram opostos, Maya era descolada e comunicativa. Leah era introvertida e antissocial. Mas elas eram um complemento, uma sendo a gangorra da outra. Leah não lembrava um momento a qual ela e a melhor amiga ficaram sem se falar, até mesmo quando a bruxa foi para New York, ela fez questão de manter contato por baixo dos panos. Elas eram uma a pessoa da outra e não importa o que acontecesse.

Paul segurava as lagrimas, mas o desespero em seu peito se multiplicava a cada piscada. Maya foi seu primeiro tudo. Seu primeiro beijo no sexto ano durante um jogo de verdade e desafio. Foi a primeira menina que ele se apaixonou, que levou em um encontro. Foi a primeira com quem ele teve relações sexuais. Ela foi a primeira a partir seu coração e a única que conseguiu remendar ele e fazer bater novamente. Paul não se lembrava de qual momento seu coração não bateu mais forte por Maya. Quando ela foi embora da reserva, seu nome virou assunto proibido entro os lobos e amigos, mas não importava o quanto ele tentava, ela sempre era seu último pensamento antes de dormir e o primeiro ao acordar. Ela estava certa, Maya era sua gravidade e ele não estava pronto para perder ela.

- Eu sentiria ne - Paul disse limpando as lágrimas - Ela é meu imprinting, eu sentiria se algo ruim acontecesse com ela, certo? - Lahote olhou para Mason que lhe encarou rapidamente pelo retrovisor.

- Depende, Maya é de una linhagem muito foda Paul, ela consegue controlar muita coisa que bruxas normais não conseguem, desde o tempo, ate memorias e ate sentimentos. - Mason disse acelerando mais - Pensando em tudo que engloba a ligação de vocês, sim você deveria sentir. Mas não sei se Maya projetou algo para você não sentir justamente para que você não sofra se algo acontecer.

- É a cara de Maya fazer isso - Paul disse dando um sorriso fraco.

- É mesmo - Leah disse olhando pela janela - Merda, aquilo é fogo?

- Porra - Paul disse abrindo a janela e vendo que era bem perto de onde ficava a reserva Makah - Acelera Mason.

- Já estou no limite do que essa carroça aguenta - Mason disse pisando tudo no acelerador da caminhote velha de Leah. - Não é um maserati.

Mason virou o carro bruscamente segurando Leah, fazendo Paul dar com a cara na janela. Parando antes da entrada de terra, correndo junto com os lobos e encontrando Jasper parado observando a casa pegando fogo.

- Cade ela? - Paul segurou os braços do vampiro que tinha uma lagrima no rosto.

- Faz uma hora, começou a pegar fogo agora - Jasper se soltou observando a casa - Pelo amor Maya, sai dai - Ele sussurrou colocando a mão na cabeça.

Edward, Carlisle e Alice apareceram do lado dos lobos. Os dois primeiros segurando Paul que ameaçava correr para a casa.

- Paul, você tem que esperar ela sair, se você entrar, está morto - Mason disse tentando trazer consciência ao lobo.

- Eu prefiro morrer do que viver sem ela - Paul disse seco, soltando a verdade que vinha do seu coração.

A porta da frente da casa se abriu e uma luz branca começou iluminando a saída, fazendo o corpo de Maya ser lançado escada abaixo. A bruxa estava com alguns machucados e com a roupa meio queimada.

Todos ficaram surpresos. Os vampiros se olharam sorrindo, a visão de Alice não tinha sido clara sobre a vida de Maya, apenas onde ela e Jasper estavam. Mason e Leah sorriam pela vitória da amiga. Paul não conseguia entender o que se passava no peito, mas sua gravidade estava ali viva.

Ele correu se soltando dos vampiros, mesmo escutando os berros para esperar.

- Maya - Ele agarrou a bruxa vendo que ela retomando a consciência. - Maya, esta me escutando?

- Paul - Ela disse em sussurro - Você é de verdade? Isso é outro pesadelo?

- Não meu amor, você conseguiu, você venceu - Paul abriu um sorriso ao ver a felicidade no rosto da noiva - Eu ainda estou bravo com você aliás.

- Tenho certeza que é de verdade então - Maya disse pegando a mão de Paul e descendo ate sua barriga, como estava de vestido largo, o rapaz não percebeu até que a noiva colocasse a mão em sua barriga. Paul encarou a barriga surpreso, coisa que nem a magia que ele conhecia explicava, mas além de quebrar a maldição, Maya tinha recuperado o bebe deles. Sua barriga já estava grande e era possível sentir o bebe mexendo. - É hora de ir para casa.

- É hora de ir para casa - Paul enconstou a cabeça na da noiva sorrindo.

A magia que habita em nós | Paul LahoteWo Geschichten leben. Entdecke jetzt