05

105 18 6
                                    

LUIZA BUENO

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

LUIZA BUENO

Eu estava morrendo de nervoso, quando passei pela entrada do centro de treinamento do Flamengo. Tentei agir novamente, mas eu estava diante do emprego que poderia fazer minha vida mudar definitivamente. Além de estar em um grande clube de futebol, eu poderia finalmente conseguir dinheiro o suficiente para sair do apartamento que dividia com Mariana e ter meu próprio cantinho.

Respirei profundamente duas vezes, contei mentalmente até dez e segui para o recursos humanos. Lá dentro, foi me passado como era a rotina do clube e com qual frequência as avaliações eram feitas. O restante eu estava acostumada.

Em seguida fui para a sala onde eu iria trabalhar, peguei as fichas de todos os jogadores, sentei-me na mesa e pedi para que de um a um todos fossem chamados.

Cada um que entrava pela porta, eu me apresentava e reavaliava de acordo com atualização a ficha de cada um deles.

Quando vi Gabriel entrar pela porta, sorri fraco, vendo-o rir também. Ele sentou-se à minha frente e esticou a mão para me cumprimentar.

— Doutora Luiza. — ele exclamou. — Você conseguiu o emprego. — assenti.

— É. — sorri. — Agora você estará no meu radar. — me levantei.

— Hum… — ele fez uma careta. — Você vai me dar um sermão quando descobrir minhas peripécias. — rimos.

Passei alguns minutos com o atacante, como ele já havia me alertado, tive que lhe dar uma bronca por suas burladas na última dieta que o foi passada, mas ele encarou aquilo com bom humor e me fez ficar à vontade.

Pedi para que ele chamasse o próximo jogador que iria avaliar. Enquanto esperava, aproveitei para relaxar e beber um pouco de água.

A porta se abriu pela décima vez naquela manhã. Eu estava de costas e me virei para receber o jogador, mas travei imediatamente ao ver a figura conhecida por mim.

Com a mão ainda na garrafa de água e o líquido em minha garganta, me engasguei, tossindo enquanto não conseguia respirar.

O folgado me encarou assustado e correu até onde eu estava, tentando me ajudar de alguma maneira, mas eu não conseguia parar de tossir, enquanto cuspia o restante de água que tinha na boca.

Ele tirou a garrafa de água da minha mão colocando sobre a mesa, segurou meus braços, os levantando para que eu conseguisse voltar ao normal.

Dios mio! — ele exclamou.

Aos poucos consegui parar de tossir e me recompor. Ele soltou meus braços e eu fechei os olhos, buscando coragem para encará-lo.

Quando abri os olhos, ele estava na minha frente, ainda com uma expressão assustada e preocupada.

— Você esta bien? — perguntou.

Minha respiração estava acelerada, meu coração poderia sair pela boca a qualquer momento.

INEXPLICABLE | GIORGIAN DE ARRASCAETA Where stories live. Discover now