- the fair play series #6
A última coisa que Luzia Bueno desejava além de uma nova vida na cidade que tanto amava, era ter o poder de não se apaixonar nunca mais.
Com um passado que ainda a assombrava, a garota se dedicava ao novo emprego e aprovei...
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GIORGIAN DE ARRASCAETA
Contei as horas para chegar ao centro de treinamento do Flamengo e poder ver Luiza em sua sala, mesmo que não tivéssemos tempo para nos falar.
Gabriel foi a primeira pessoa que eu vi, ele veio correndo em minha direção como um maluco. Espero ele se aproximar para ouvir o que ele diria.
— Cara, é verdade que você e a Luiza se conheceram em um acidente de carro? — olhei para ele, rindo em seguida.
Coloquei sobre os olhos, enquanto ria. Gabriel ficou parado com os braços cruzados e pelo que eu conhecia, ele não iria desistir de uma resposta enquanto eu não dissesse alguma coisa.
— Quem te disse? — tentei ficar sério, mas ainda ria.
— Mariana. — soprou o nome da prima de Luiza.
— No desgruda dela, no é, Gabi? — ele revirou os olhos. — É verdade. — tentei seguir meu caminho, mas ele não deixou.
— Cara, você deveria ter me contado. — cruzei meus braços. — Caramba, eu queria saber. — fez um bico manhoso.
— Faria alguma diferença na sua vida? — ele assentiu. — Qual?
— Eu saberia da fofoca. — rolei os olhos.
— Agora você sabe a verdade. — afirmei. — Eu preciso ir treinar. — passei na frente dele.
— Cara, porque você não me contou? — choramingou.
— Você tem una boca de sacola. — exclamei.
Ele veio na minha direção.
— Cara, eu não tenho boca de sacola. — Encarei-o. — Tá, talvez eu goste de repassar a informação. — rolei meus olhos.
— Tchau, Gabi. — o deixei para trás.
—•—
— Mariana abriu a boca para o Gabriel. — Luiza disse dando um sorriso.
Levei o garfo a boca, mastigando a comida.
— É, o Gabi me disse. — sorri também. — Tem algum problema? — ela sacudiu a cabeça.
— Não, na verdade foi até bom ele saber. — bebeu a água. — Mas eu tenho certeza que ele vai fazer várias perguntas…
— Me fez algumas. — contei. — Desde de hoje de manhã ele no para de me perturbar. — Luiza gargalhou baixinho.
Fiquei paralisado, observando as covinhas se formarem dos lados de suas boca, a fazendo ficar ainda mais linda do que já era.
Poxa vida, eu estava completamente maluco por ela. Queria dizer isso logo, mas tinha medo de assustá-la e acabar com a conexão que tínhamos criado a tão pouco tempo, mas que já me deixou apaixonado.
