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LUIZA BUENO

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LUIZA BUENO

Na segunda-feira ignorei todos meus compromissos, dizendo que estava me sentindo mal e que não iria trabalhar. Fiquei com medo de perder meu recém emprego, mas eu não estava com ânimo e minhas dores de cabeça estavam me matando.

Antes de trabalhar, Mariana deixou uma aspirina para mim, mesmo sabendo que não iria melhorar minha dor de cabeça.

Fiquei na cama até a hora do almoço, rolando de um lado para o outro, sentindo meu estômago revirar e minha cabeça explodir de dor e de pensamentos.

Sempre nessa situação eu relembrava os dias que sofri quando morava em Belo Horizonte, todas as vezes que quis fechar os olhos e desaparecer, os momentos que me feriram e acreditei que poderia ter um recomeço.

Meu coração sempre acreditou que poderia haver mudanças nas pessoas, mas isso não aconteceu quando foi a minha vez. Simplesmente meu sonho foi amassado e jogado no lixo como antes.

Por isso, eu tinha medo de me arriscar em um novo relacionamento e sofrer tudo o que sofri antes. Fiz uma anotação mental que sempre vinha na minha cabeça quando eu pensava que poderia estar me apaixonando novamente; Não se apaixone.

No almoço, comi um pouco de macarrão, assisti filmes clichês que me faziam bem, mesmo sendo mentira e mexi um pouco em algumas coisas do trabalho. No fundo, eu não queria ir para o CT do Flamengo, ver Giorgian e tentar o afastá-lo de mim.

Ao mesmo tempo que não o queria próximo, ele já estava na minha vida, sem ao menos eu permitir. Eu e Giorgian tínhamos uma conexão inexplicável.

Mariana ligou dizendo que iria ver Gabriel, então eu poderia considerar que ela não voltaria tão cedo ou que ficaria na casa dele.

Tomei um banho demorado, pensando no próximo passo, imaginando as possibilidades dos caminhos que eu tomaria dali em diante.

Eu queria sumir sem dar satisfações para ninguém, fugir como fiz quando vi para o Rio, mas no fundo não era o meu desejo.

Eu precisava ficar, ser forte e não desistir de reconstruir minha vida.

Quando saí do banho, amarrei uma toalha no cabelo molhado e fui pra cozinha comer o restante do sorvete que estava no freezer.

A campainha tocou e eu franzi a testa, afinal sempre quando tinha visita, o porteiro avisava.

Fui até a porta para abri-la e quase caí para trás quando vi Giorgian parado na porta, com uma caixa de chocolate e flores.

Fechei meus olhos por alguns segundos, engolindo em seco, racionando que era ele mesmo ali.

Por Deus. Eu iria morrer.

— Oi… — ele sibilou.

— Oi… — sacudi a cabeça, voltando a realidade. — O que… — não completei a frase.

INEXPLICABLE | GIORGIAN DE ARRASCAETA Onde histórias criam vida. Descubra agora