Your Green Eyes

Chapter One

Lauren's POV

Haviam duas coisas no mundo que eu odiava: Meus olhos e meus irmãos.

Vou te explicar o porquê.

Meus olhos são diferente do que as pessoas estão acostumadas e isso faz com que todos olhem pra mim como se eu fosse um monstro de sete cabeças. Talvez em outro universo, olhos verdes fosse algo bom, mas nesse aqui... Era um pesadelo.

E bom, meus irmãos... Na verdade eu amo eles, menos nesses momentos.

Chris e Taylor são o que nós consideramos "normais". Seus olhos estão incluídos nos olhos padrão da sociedade, ou seja, eles tinham poderes, algo que eu não tinha. E por isso, eles viviam me aporrinhando.

— Chris, deixa sua irmã em paz! - Minha mãe repreendeu o garoto que fez um galho de árvore nascer e prender meu pé assim que alcancei o quintal da minha casa.

— Mas é tão legal! - Ele reclamou, fazendo birra. Ter dois irmãos mais novos era isso o tempo inteiro.

— É, mas ela tem que se arrumar para a escola, então solta ela antes que o negócio esquente pro seu lado. - Ameaçou, apontando para seus olhos vermelhos. Piadinha de quem controla o fogo.

Meus irmãos viviam falando que eu era a queridinha da mamãe e por isso ela sempre me defendia, mas esse era o único jeito de eu não ficar presa em uma árvore que nem deveria estar ali ou então sair voando, já que Taylor controla o ar. As vezes não ter poder era um saco. Tudo bem, era sempre um saco.

Hoje era meu primeiro dia na escola nova, graças ao idiota do Jerry eu fui expulsa da última escola. Ele ficava pegando no meu pé e eu simplesmente explodi um dia e soquei seu rostinho bonito. Engraçado, eu era a única pessoa a usar socos e porradas quando queria machucar alguém. O resto fazia um movimento com a mão e boom, algo acontecia com aquela pessoa, envolvendo o elemento que o outro controlava. Não sei quantas vezes eu tive que lidar com uma chuva inexistente para os outros, mas existente pra mim. Eu andava naquela escola com uma nuvem carregada em cima da minha cabeça. Chegava em casa ensopada em um dia ensolarado. Super divertido, ihul!

Geralmente nesses dias, meu pai usava seu poder pra tirar a água do meu corpo e me secar, fazendo todo o líquido evaporar do meu corpo. Queria poder fazer isso.

Meus pais chegaram a pensar que eu controlaria a água quando nasci, já que eu tenho um pênis entre minhas pernas e meus olhos eram claros demais nos meus primeiros dias de vida. Aí você pensa: mas poderia ser cinza, não?

E eu te respondo: não!

Os olhos claros e mais o pênis em meu corpo deixava bem claro que se eu fosse controlar um elemento, seria água. Resumindo: Nem todo mundo com pênis controla água, mas todo mundo que controla água, tem pênis.

Biologicamente falando, homens tem pênis, mulheres vagina e pessoas que controlam a água, sendo homem ou mulher, tem pênis.

E aí tem eu. Com pênis e sem poderes. Ah, e os olhos verdes.

Meu pai gosta de dizer que eu sou única. Eu não gosto dessa palavra. Eu queria ser como todo mundo. Queria controlar algum elemento e não ter ninguém me olhando de maneira estranha apenas por ser diferente. Não é como se eu tivesse escolhido nascer assim.

— Hija, está pronta? - Meu pai perguntou depois de bater na porta do meu quarto.

— Sim, já estou indo. - Respondi, sem ao menos me levantar da cama. Bufei, olhando o relógio. Eu já estava atrasada, que ótimo! Além de esquisita, eu seria a sem hora.

Briguei internamente comigo mesma sobre levantar ou ficar ali até meu pai me arrastar para dentro do carro, foi necessário três minutos para que eu levantasse a contra gosto e pegasse minha mochila no canto do meu quarto.