Chapter Four

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Lauren's POV

Eu estava me acostumando com essa escola. Apenas isso; me acostumando. Gostando era uma palavra muito forte para usar, então não seria apropriada.

— CORRE, LAUREN! - Meu pai gritou comigo, me fazendo desejar um desmaio por um segundo. Eu odiava correr e me exercitar, então ter um pai treinador e professor de educação física era como um castigo do monstro.

O monstro era eu.

— Estou cansada! - Exclamei, me inclinando para apoiar as duas mãos nos joelhos. Respirei fundo, sentindo meu coração disparado e meu corpo quente devido toda atividade física que fiz nos últimos cinco minutos.

Brincadeira, faz um pouco mais de uma hora. Mas cada vez que eu paro por cinco minutos, meu pai me coloca para correr de novo, por já estar descansada.

— Não quero frangos no meu time! - Sua voz saía alta, mas não brava, apenas…autoritária.

— Eu não sou do seu time! - Me defendi. E nem um frango. Completei o pensamento.

— Não quero frangos na minha casa! - Ele se corrigiu, me fazendo franzir o cenho. E para onde Chris iria, então?

— Eu estou correndo há uma hora já, frango faz isso? - Questionei curiosa. Era no mínimo um frango maratonista, só pode.

Meu pai adorava chamar os jogadores de futebol de jogador triatlo; Corre, pedala e nada. Se ele treinasse um time de futebol, definitivamente chamaria todos seus jogadores assim, mas como seu esporte é o basquete, ele tem que chamar de frango.

O que na minha visão é bem errado já que os frangos não correm tanto quanto eu corri até agora. Ou correm?

Se bem que frango voa... ou plana. Não sei!

Até um frango voa - ou plana - e eu não.

— Não é porque é minha filha que vou pegar leve com você. - Meu pai se aproximou de mim e apoiou sua mão em meu ombro. — Você nem estava tão cansada, já está completamente inteira de novo.

— Porque eu descansei! - Expliquei o motivo pelo qual eu não estava mais ofegante.

— Ninguém que corre por uma hora descansa em dois minutos, Lauren. Só está fazendo corpo mole. - Eu abri a boca, totalmente indignada pela sua acusação. Eu realmente estava cansada, tanto que meu coração estava batendo ridiculamente rápido e meu corpo estava fervendo. Antes, no caso. Agora eu estava normal como se não tivesse nem caminhado. — Mas tudo bem. Por hoje é o suficiente. Vai se trocar e ir para a aula.

— Tá bom! - A indignação ainda estava em meu corpo. Meu pai estava me acusando de corpo mole depois de todo esforço que tive para não desmaiar no meio dos exercícios, isso era um absurdo!

Embora estivesse chateada com ele, aceitei de bom grado seu beijo na testa e sai da quadra, me perdendo pelos corredores daquela escola. Era inacreditável que meu pai desconfiasse de mim, eu nem precisava estar lá com ele, fui  apenas porque ele pediu que eu fosse.

Corri por uma hora ouvindo seus gritos e incentivos, sendo que nem era dever meu fazer aquilo. Eu não era jogadora e nem queria ser.

Por que eu estou tão frustrada com uma simples fala dele?

— Lauren? - A diretora Cabello apareceu em minha frente, surgindo do nada. Pude notar que seu semblante demonstrava preocupação.

— Oi? - Parei de andar e olhei ao redor. Será que eu estava andando sem rumo novamente?

— Está tudo bem? Alguém mexeu com você? - Perguntou receosa. Por que alguém mexeria comigo? Eu nem fiz nada de errado!

E estava usando lentes.

Your Green Eyes Where stories live. Discover now