Capítulo I - Chegada a Verzin

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" Um sonho que se realiza"

Vilarejo de Verzin

~1915~

Era uma vez, em terras distantes a linda Vila de Verzin, escondida bem num cantinho da Inglaterra. Era conhecida pelas suas paisagens verdes, águas cristalinas e as tão famosas carmins, as raras e lindas flores azuis-turquesa que espalhavam o seu cheiro por cada canto daquela pequena Vila. Era convidativo até mesmo para a pouca população estrangeira que procurava Verzin pelas suas paisagens. 

Outros sempre preferiram explorar as capitais e as cidades grandes. Era incrível como os grandes pomares de fruta ou os negócios dos fazendeiros não tinham a percussão que as raras flores tinham. Todo esse negócio pertencia à família Benetton. Também conhecida por ser a família mais rica de Verzin. 

A família Benetton era constituída na sociedade com um nome de classe e grande respeito para toda a Vila. 

Sr. Ben Benetton, era um homem de grande influência e de grandes gestões financeiras, assim como a sua esposa e os seus dois filhos; Christian Benetton e Gabe Benetton. 

A jovem senhora de cabelos negros tirou o jornal das mãos da jovem  e desaprovou a sua atitude por ler em voz alta. Como se o que ela fazia estivesse a chamar a atenção dos passageiros em volta. Mas qual era a culpa se grandes mentes falavam grandes palavras? Já não bastava a longa viagem que fazia após ser exportada diretamente para um lugar no qual ela não fazia a mínima ideia de, qual seria. Tudo o que poderia fazer ao seu alcance para ter uma vaga expectativa do que viria pela frente era ler aquele papel cheio de letras e desenhos. Senhorita Bailey fez uma careta de desaprovação na direção da jovem que parecia ter por volta dos seus 15 anos, mas era tão magrinha e esquiva para a sua idade. Parecia mais uma criança de 12. Olhos grandes e avelã. Um tom avelã em degradê com o dourado mais intenso e brilhante. Ela costumava dizer que os seus olhos eram sem graça. Um castanho feio. A pele, tão branca e parda como as personagens de um filme de Vampiros. Ela já ouvira tantas histórias aterrorizantes sobre, mas se instiga sempre a explorar esse universo alternativo da sua imaginação fértil e muito expansiva para a sua idade. Nariz pequeno, lábios pouco volumosos  e um queixo proporcional a sua estrutura facial. Tem uma leve pigmentação coral que percorre um caminho por suas bochechas e em cima da pontinha do nariz.

Era plausível e deverasmente um fardo que carregava  cada vez que olhava a sua imagem no  espelho e os fios platinados, quase sem vida apareciam. Juntamente com eles, as suas pestanas branquinhas — por sorte as suas sobrancelhas eram pretas marcantes —. Os Longos cabelos platinados, eram tão brancos quanto a neve. — O que acabava por causar rumores e comentários desnecessários pela sua tão diferente cor de cabelo —. Mesmo que os escondesse por baixo de um chapéu — que já tinha vestígios do uso frequente—. O ganhou como um presente da sua mãe antes de ser abandonada. Pelo menos essa era a desculpa que as senhoras do orfanato davam para que ela o usasse e não mostrasse os cabelos. Ela pensava assim, para que a queda para a realidade não a impedisse de pensar positivo e sentir que a sua mãe nunca pretendeu recorrer ao abandono. Não tinha vagas lembranças, pois quando ocorreu o abandono ela era recém-nascida.

— Ainda assim! Fui abandonada. — Completou o seu pensamento em voz alta e deitou a cabeça sobre o vidro fosco da janela do Comboio. Com as pontinhas do dedo começou a desenhar sobre o vidro húmido. Os olhos levaram a atenção para o exterior, para aquilo que ela conseguia ver por aquele pedaço de janela. O céu escurecia e as estrelas estavam cada vez mais visíveis. — UAU! Como a natureza é magnífica.  A imensidão daquilo que vemos é um pequeno pedaço da imensidão daquilo que temos. inspira-me olhar para o mundo cheio da beleza que deus nos deu. A senhora não acha? — Os lábios rasgavam num sorriso.

A menina dos cabelos de neveTahanan ng mga kuwento. Tumuklas ngayon