Capítulo VII - Encantador Salvador

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A lua surgia majestosa no céu, que já estava desprovido de nuvens e iluminava suavemente as ruas de Paradise. A adulta preparava o jantar com alegria, pois tinha decidido fazer um jantar especial - por ser o primeiro dia de escola da jovem de cabelos brancos-.

Ao percorrer os mercados da feira em busca dos ingredientes perfeitos, Rose imaginava a reação da filha ao provar a refeição que ela preparava com tanto amor. Os seus olhos brilhavam de alegria, antecipando o momento em que Aneline chegaria em casa, provavelmente acompanhada por Henry. Rose procurou comprar os ingredientes que iriam agradar o paladar da filha. Na esperança de ver a jovem a entrar pela porta, com um sorriso largo nos lábios enquanto expressava-se de forma literária o tão "esplêndido dia" que tivera. Pela janela, conseguia ter a visão do exterior e cada vez mais a ansiedade tomava-lhe conta do corpo. À medida que o jantar tomava forma na mesa, Rose esbanjou um grande sorriso quando ouviu a voz do marido e a porta de casa foi aberta. Assim que os olhos dela encontraram os de Henry e não os avelã, a sua afeição se desfez.

— Henry, onde está a Aneline?

Henry teve uma reação de surpresa e uma sobrancelha arqueada em sinal de confusão, com a pergunta da esposa.

— Como assim? Era suposto ela estar aqui?!

A família Benetton reunia-se para o jantar, desfrutando de um momento tranquilo em convívio após o primeiro dia de aulas de Gabe e Christian. Glory Benetton e Ben, conversam e questionam o filho loiro, já que tinha sido o único a descer até a sala e juntar-se a eles. Christian pousou o lenço sobre o colo imitando o pai.

— Como foi o primeiro dia, filho?

O loiro o respondeu:

— Foi muito bom meu pai. Fizemos apresentação e conhecemos um pouco um dos outros colegas. A professora Clark falou discursos politicamente corretos e de bom aproveitamento. Agradou-me imenso.

Ben sorriu orgulhoso pela atenção do filho em relação aos estudos.

— Conhecimento é sempre bom. Futuramente, poderás o passar para este velho. — brincou.

— Os quarenta, não são uma idade tão má. Eu sinto-me uma jovem e estou perto deles. — comentou Glory — O meu loirinho só me deixa orgulhosa, mas, me diga filho, hoje era o primeiro dia de escola de Aneline, alguém a intimidou?

— Não, a dama Hudson foi bem rececionada por Damian e Lucas. Ela também é amiga de Tess Spencer e pude ver no intervalo que ela fez mais amizades.

Glory soltou um suspirou de alívio.

— E o seu irmão?

— Ele estava a tomar banho, não me abriu a porta do quarto, mas parece que correu muito bem. Nós acompanhamos a dama Penélope Wilson até casa por educação e ela pediu um auxílio a Gabe.

— Gabe avisou-me. Fez muito bem. Os Wilson são grandes investidores dos negócios dos Benetton. Devemos adoçar-lhes o bico.

Essa era uma das expressões que Ben Benetton usava. Quanto mais agradava aos olhos dos investidores, sócios e clientes, mais sucesso teria.

— Não gosto do comportamento dessa jovem, pois foi mal-educada na igreja com a senhora Spencer. Se fosse comigo, eu não seguraria a minha mão.

— É apenas uma jovem adolescente, Glory.

— Uma adolescente com a língua muito afiada.

— É muito bonita. — elogiou Christian. — uma dama com uma beleza notável. Penélope Wilson parece ter uma forte amizade pela família Benetton. Durante o caminho, ela não parava de falar o quanto se inspira em si minha mãe, em mulheres importantes da nossa sociedade de Verzin.

A menina dos cabelos de neveWhere stories live. Discover now