Capítulo 3: De nada

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Pov. Tristan

No que eu estava pensando? — penso comigo mesmo

Eu havia acabado de entrar na lanchonete para comprar um donut e um café quando vi Stephanie discutindo com um cara. Pelos gritos da amiga dela e pela resposta de Stephanie eu captei toda a situação. O cara tinha traído ela e ainda tinha a cara de pau de dizer que não era o que ela estava pensando. Quando eu dei por mim eu já tinha esquecido o que tinha ido fazer ali.

Eu seguro a cintura de Stephanie como se a tivesse segurado a vida inteira, não como se fosse a primeira vez, o encaixe era perfeito. A sensação do corpo dela contra o meu e aquele perfume… Porra, que perfume bom. Stephanie conseguia ter um perfume completamente hipnotizante.

Por um momento me perco de tudo, esqueço onde estou e da plateia ao nosso redor. Me permito beijar o pescoço de Stephanie devagar e pelos deuses… aquilo foi um erro. Eu não conseguia mais controlar.

— Entre na atuação, coisinha bonita... — sussurro em seu ouvido. Deuses eu estava ficando louco

— O que significa isso? — escuto o cara ralhar — porque você está agarrando-a como se ela fosse sua? — perguntou. Sorri prepotente para ele

— Porque ela é minha — falo enquanto observo o cara arregalar os olhos. Stephanie estremece ao ouvir minhas palavras — minha para beijar e tocar  do jeito que eu quiser

Aquela porra de flecha realmente estava mexendo comigo, é a única explicação plausível para o que eu acabei de dizer e fazer. “Ela é minha”? Que porra!

Vejo o cara que estava com ela hoje mais cedo chegar à lanchonete. A expressão de surpresa dele ao me ver agarrado a Stephanie é totalmente visível, e a sua decepção por isso também. Fodasse ele e a decepção ridícula dele, ele não ia tê-la.

Beijo o canto dos lábios dela por impulso e penso como seriam os lábios dela realmente. Quando estivermos sozinhos em algum lugar eu com certeza iria descobrir….

— Fui claro? — pergunto — ela é minha — falei levando meus beijos para seu queixo — em todos os sete dias da semana — disse beijando o canto de seus lábios novamente — minha e de mais ninguém, somente minha entenderam? — falei. Mordisquei o lóbulo de sua orelha e ouvi Stephanie arquejar fechando os olhos. Caralho, aquilo poderia facilmente competir com aquelas porcarias que Apolo tocava na harpa dele — Quem encostar em Stephanie Grayson sem a minha permissão vai sofrer as consequências

Observo os olhares surpresos de todos em nossa direção, e sinceramente eu também estava surpreso com aquilo. Porra, eu sequer beijei a garota e estou agindo como se tivéssemos algo.

Eu era conhecido na universidade por ser um cara que não se prende a ninguém, e de repente cá estava eu, agarrando uma garota que sequer beijei, agindo como se ela tivesse me dado o melhor chá da minha vida e dizendo que ela é minha. Não é possível…

— Mas que porra… — escuto a amiga de Stephanie falar — Quando foi que…?

— Entre na atuação, coisinha bonita… — sussurro em seu ouvido mais uma vez antes de mordiscar o lóbulo. Porra, não quero nem comentar como as coisas estavam lá embaixo

— Ontem a noite… — escuto Stephanie falar com a voz arrastada. É, aparentemente eu não era o único animado demais com a situação — encontrei com ele enquanto ia ao dormitório de meu irmão, simplesmente aconteceu..

— Caralho Stephanie! — escuto o cara ralhar. Tava demorando… — nós mal terminamos e você já está agindo que nem uma vadia, puta que pariu! As pessoas vão achar que eu não te satisfazia

Além do Mar em Seus Olhos | vol. 1Where stories live. Discover now