33 - Está na hora de irmos

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Olá amores (se é que ainda tem alguém ai) desculpem por ter sumido. O tempo passa muito rápido e eu nem me dei conta de que passou. Vou terminar a história até amanhã ( dia 25/02)


                                                                                  PAOLO CACCINI

Vou até pai e filha, sendo seguido por Edy. Assim que eles sentem a minha presença, afastam-se um do outro.

— Sou Paolo Caccini, senhor. É um prazer conhecê-lo. — Estendo-lhe a mão de modo cordial.

Não deixo de notar uma leve expressão de surpresa em Amália, que está com uma de suas sobrancelhas arqueada.

— Sou Norman Davis. — Toca na minha mão com firmeza e me encara como se estivesse me desafiando para um duelo.

Engulo em seco.

— Esse é o Edy, o meu assistente. — Eles se cumprimentam.

— Amália me falou sobre o senhor — Edy comenta.

— Também ouvi sobre você — o senhor Davis resmunga.

— Sem enrolações. Onde está o meu filho? Já demorei demais para conhecê-lo. — Passo a mão nos cabelos, irritado com a maneira simpática como eles conversavam.

— Vamos entrar. O Henry está com o Hary e sua esposa — o senhor Davis fecha as expressões ao se dirigir a mim.

Nós os seguimos para dentro da casa. Apesar de já ter visto a foto de Henry, a curiosidade para o conhecer pessoalmente aumenta a cada milésimo de segundo.

— Mamãe! — Meus pés grudam no chão quando ouço a voz suave e aguda do garotinho, que agora corre, com os braços abertos, até Amália.

— Meu amor! — Ela se joga de joelhos para receber o pequeno, que está chorando.

— Mamãe! — O menino chora de emoção, com a cabeça afundada no pescoço de Amália.

— A mamãe está aqui, filho, e não vai te deixar nunca mais. — Ela se levanta, com ele em seu colo. Está com a voz embargada pelo choro. O meu coração se aperta por eu presenciar essa cena tão emotiva. — Nunca mais vou me afastar de você.

Engulo em seco e recuo um passo. Amália, finalmente, endireita-se, segurando o Henry em seus braços. Seus olhos encontram os meus e ela faz um gesto para eu me aproximar deles. Com passos hesitantes, aproximo-me, sentindo-me como um intruso em um momento tão íntimo. O que é irritante, já que eu sou o pai dele.

Henry, o papai não está mais dodói. Isso não é bom? — Amália sussurra para o garotinho enquanto o acaricia.

Henry a olha com atenção, e com os olhos ainda lacrimejantes, assente com a cabeça. A ansiedade dentro de mim aumenta. Será que ele entende o que está acontecendo? Será que se lembra de mim?

Amália se abaixa, colocando Henry no chão, afasta-se um pouco dele e aponta para mim.

— Olhe, meu amor, esse é o seu papai, Paolo — diz com carinho e cautela.

Henry vira a cabeça em minha direção. Seus olhos grandes e azuis, como os meus, fixam-se em mim. Ele me observa por alguns segundos, que parecem uma eternidade, e então seus lábios se curvam em um sorriso tímido.

Meu coração dá um salto de alívio e emoção pela reação positiva. Eu não sei o que fazer nem como reagir, mas estendo as mãos para ele e me ajoelho, ficando da sua altura. Olho para cada detalhe do seu rosto belo, que lembra muito a mim mesmo. Com cuidado, Henry se aproxima de mim. Seus passos são pequenos e inseguros. Quando ele, finalmente, está ao meu alcance, eu o abraço, sentindo a fragilidade do seu corpo e a pureza de sua alma atravessarem a minha pele e tocarem no profundo do meu ser.

Um Filho Para O CEO Adormecido Onde histórias criam vida. Descubra agora