𝗸𝗶𝗱𝗻𝗮𝗽𝗽𝗲𝗱 | nosh

shot.

Noah Urrea.

Estar com meu pai novamente depois de saber tudo o que ele fez foi a pior coisa do mundo, mas isso iria logo passar afinal eu ia fazer a minha parte do plano e tudo ficaria bem, eu entregaria Marco para o Josh, nós matariamos ele e tudo estaria acabado.

Se meu pai não tivesse atirado em josh, por trás, na costa. Ele foi tão covarde que não atirou olho a olho, ele atirou por trás porque soube josh não se defenderia, afinal não tinha como.

Naquele momento, nada fez sentido, tudo automaticamente ficou confuso, tirando a raiva e a tristesa que surgiu em mim no momento em que ele fez aquilo com Josh.

Dei um grito chamando o nome de josh e tentei sair de perto de Marco, mas de repente toda a bagunça começou, todos começaram a atirar dos dois lados, sem eu nem perceber sugiram mais várias pessoas atirando contra a nossa máfia e meu pai tentou me tirar do meio dessa confusão, mas eu me recusei.

Foda-se se o a Marco iria fugir agora, foda-se se estava tendo um tiroteio enorme no meio de nós, Josh estava morrendo no chão, agonizando de dor, eu não faria nada outra coisa além de tentar salvar ele.

Com toda a força que me restava eu me soltei. Marco me olha sem entender tentando me puxar para longe, e eu dou um soco por impulso rapidamente nele, saindo correndo para perto de Josh.

Ele está no chão, com a mão por cima da barriga onde o tiro pegou, agonizando de dor e com a boca cheia de sangue, lutando para respirar.

Meus olhos se enchem de lágrimas e meu coração começa a acelerar, e tudo o que eu podia sentir era desespero por não saber o que fazer, por nem poder fazer nada no momento, afinal tem um tiroteio acontecendo. Com delicadeza, coloco josh por cima do meu colo, e uma lágrima cai por cima do rosto dele.

── Eu tô aqui, ─ passo a mão em seu rosto. ─ bem aqui.

Ele estava com os olhos em mim, mas era como se a visão dele estivesse muito longe e ele nem entendesse o que eu estou falando, provavelmente pela intensidade do tiro.

─ Noah. ─ ele diz com dificuldade.

Sua boca cada vez mais escorria sangue, seu corpo estava totalmente solto e seu olhar longe.

Tentei reanimar ele um pouco para ele pelo menos me ver direito tentando mexer nele, mas nada resolvia, então comecei chorar, chamando alex, bailey e todo mundo que eu podia mesmo sabendo que no momento eles não iriam me ajudar por não poderem no momento.

─ Não se preocupa... ─ ele dá um sorriso com muita dor.

Ele literalmente está perdendo quase todo o sangue e insiste em pedir isso.

Meu choro começou a se intensificar, agora não só de tristeza, mas sim de desespero e de pavor. O amor da minha vida está no meu colo, sangrando muito e totalmente fraco, quase morto, mas ainda respirando um pouco, não teria como estar chorando com outros sentimentos.

Tiro a mão do mesmo de cima do lugar do tiro e imediatamente começo a me desesperar muito mais, vendo todo o lugar ensanguentado, então coloco a mão por cima tentando estancar o sangramento que era muito, mas nada estava adiantando.

── Fica comigo, tá? ─ peço em meio de muitas lágrimas que estão escorrendo descontroladamente. ─ Eu não posso perder você, não posso.

Eu até ligaria para a ambulância, mas não tinha como, então tudo o que eu podia fazer era tentar não deixá-lo dormir e nem desanimar de vez.

Foi a cena mais triste de todo o mundo e de toda a minha vida, na qual eu me senti mais desesperado e perdido, como se meu mundo tivesse se acabado e tudo o que restava era a dor, o sofrimento e o medo.