Sal e pimenta || Veigh

016

... Duas semanas depois ...

Melie Silva
São Paulo📍
Sexta-feira, 8:30 da manhã ☀️

Na sala de reunião eu me encosto para trás na cadeira prestando atenção na fala do Roberto com mais outras modelos a mesa, aqui dentro estava confortável com o nível do ar-condicionado, pela janela eu via o sol para cada um que com certeza já estava forte em plena manhã.

E depois daqui ainda vou me juntar com a Victória e o Matheus.

Aceitei um passeio de verdade mas com a condição de levar minha irmã, nessas semanas tivemos conversas rasas que não foram tão desconfortáveis mas ainda sim não quero ficar sozinha com ele. E por que tô fazendo isso? Também me pergunto, por tudo que passamos eu ainda tenho carinho, eu sei que passado é só passado.

– Melie?

– Hum?! – voltei a postura com o susto.

– Tem algumas propostas de parceria para você, tem interesse? – Assenti com um sorriso, acho que não ouvi quais eram.– certo, vamos conversar mais sobre isso depois, hoje no fim do expediente?

– Tá ótimo para mim.

– Então tudo resolvido com cada uma aqui, continuem o ótimo trabalho meninas. – com um sorriso lindo e simpático ele levantou abrindo a porta.

Fui a última a sair, joguei no ombro a alça da minha bolsinha preta e segui para fora do prédio. Em frente a calçada vi o carro da minha irmã estacionado, abri a porta de passageiro e sentei no banco soltando um suspiro seguido de um enorme sorriso.

– E aí? Oque era?

– O Roberto disse que tem umas parcerias interessadas no meu perfil!

Não contive a animação, minha irmã me acompanhou em um gritinho e abraço forte, é bom ter esse apoio dela. Até agora não contei no que trabalho para meus pais, mas com certeza não seria bem aprovada de cara, principalmente quando vissem algumas fotos.

Não é playboy gente, mas as vezes são curtas, ou coladas demais, meu pai infantaria.

– Comemorar! Hoje é por minha conta!

– Ela tá empresária gente! Amei a ideia, vou convocar a Fernanda.

– Penas os meninos estarem viajando – ligando o carro ela já me olhou de canto com um sorrisinho.

– Ah não mano, nem vem – coloquei o cinto de segurança e cruzei os braços.
– Eu falei nada. Mas eu prefiro viajar agora pra encontrar eles do que sair com aquele lá, não sei porque tu inventou.

Não segurei a risada, encostei a cabeça no vidro da janela fechando os olhos no resto da viagem.

Para quem antes me julgava o caminho todo, a Victória estava rindo de minuto em minuto desde que começou a conversar com o Matheus. Estávamos na praça de alimentação do shopping, eles cada um com seu lanche do MC e eu com um simples sorvete.