Despertar

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Aurora

Horas antes

As horas parecem passar cada vez mais devagar, o corpo se Riven sem cor e vida descansa sobre minhas pernas. Minhas costas queimam conforme vou me curando, meu ombro é outra história, está destroncado, então não melhora.

- Ana te criou como uma fraca. - ouço a voz de Andreas, mas nem me dou o trabalho de olhá-lo.

- Se você acha...

Ele se agacha em minha frente, e posso ver em suas mãos o instrumento dourado e pontiagudo, como um garfo, medo cresce em mim por lembrar pra que serve.

Ele vai drenar meus poderes até a morte.

- Sabe, estive pensando, se pra abrir o reino do inverno, é preciso o poder da última fada da linhagem real...

- Do que está falando? - encaro seus olhos agora.

- Você não sabia? - seu sorriso sarcástico me irrita - Sua mãe era a princesa Ana de Estrelaris, isso é...

- O reino do inverno.

- Você minha adorada filha, é a princesa herdeira ao trono, mas essa história é longa e você não precisa saber agora. Vamos direto ao ponto, se você estiver morta, o reino não abrirá, já que eu preciso do seu coração batendo... - ele aponta um punhal pra meu peito - Então abra o portal do reino agora.

- Não!

- Não estou pedido garota. - o punhal começa a entrar em meu peito, seguro o grito.

- Não!

- Tudo bem então, se não for por bem, será por mal... - um dos soldados se aproxima e injeta algo no meu pescoço.

Instantaneamente meu corpo começa a ficar mole, luto contra a inconsciência.

- Bons sonhos querida...

(...)

Não sei quanto tempo estou aqui, mas não aguento mais, seja o que for que ele injetou em mim, estou revivendo a morte de Riven ao que parece dias, meu peito queima de dor, meus olhos estão inchados de tanto chorar, ver a vida se esvaindo dos olhos do meu irmão vez após vez está acabando comigo. Estou no limbo da minha mente, não consigo despertar, aperto o corpo dele contra meus braços e choro.

Eu não aguento mais.

- Precisa despertar Aurora...

Ouço a voz que achei que nunca mais ouviria. Olho em volta e vejo Riven parado ao meu lado. Volto meu olhos pra meus braços e seu corpo não está mais lá.

- Riven. - soluço e o abraço, minha voz sai baixa e fraca.

- Me escute Aurora, não temos muito tempo. - ele segura minha cabeça e me faz encara-lo - Não foi sua culpa!

- Aquele punhal era pra mim Riven.

- Foi uma escolha minha entrar na frente por você, você faria o mesmo irmã, você fez! Você fez quando jogou seu corpo em cima do meu pra ser chicoteada no meu lugar, você fez mesmo quando ele te arremessou contra uma árvore pra mim não ser chicoteado de novo...

Seus olhos estão repletos de amor.

- Precisa despertar Aurora.

- Não consigo Riven, estou presa com as correntes mágicas, e estou tão fraca... - eu mal aguento com meu corpo.

O que fez com a minha irmã.

- O que? - olho em volta procurando a voz do meu irmão, mas não vejo nada apenas um limbo.

- Eles estão lá por você Aurora... Sky, Jasper, Musa, os Cullens.

- Não sei como despertar Riven, eu nem sei como abrir o reino do inverno.

- Você descobrirá. - ele deixa uma beijo em meus cabelos - Agora desperte Aurora, você é a porra da fada mais poderosa de Alfea, foi treinada pelas melhores, não só é uma boa fada, é uma excelente guerreira, eu amo você - ele se afasta de mim - Agora, congele todos irmã, congele cada filha da puta, QUEBRE A MERDA DAS CORRENTES!

O poder parece crescer em mim, a raiva faz meu corpo esfriar drasticamente, nesse momento não sinto nenhuma dor. Fecho meus olhos e grito o mais alto que posso.

Quando os abro novamente vejo os Cullens a minha frente, as correntes já não me prendiam mais, a maioria dos soldados ao meu lado congelados, principalmente os dois que me seguravam. Andreas me olha horrorizado.

- Você só esqueceu de duas coisas Andreas. - digo.

- O que?

- Primeiro eu fui treinada pra ser um soldado também. - pego impulso e viro um mortal pra traz, assim quebrando o braço dos soldados que me seguravam. - E segundo...

- Ela teve um pai.

Saul sai do meio das árvores e atira uma flecha no ombro de Andreas. E em um piscar de olhos Jasper arranca sua cabeça.

Meus joelhos cedem e caio na inconsciência.

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