— Bem antes de morrer, meu pai me escolheu, seu primogênito como seu herdeiro e sucessor ao Trono de Ferro. — Baelon está sentado próximo à mesa pintada de Dragonstone — Ele manteve a sua decisão até a sua morte.
— E mesmo assim, o filho de Alicent está sentado no nosso trono. — Rhaenyra rebate. — Nós devemos lutar essa guerra. E vencê-la.
— Eu vou pegar de volta o que nos foi tomado, Rhaenyra.
— E como você pretende fazer isso?
O rei se levantou e começou a andar ao redor da mesa pintada até chegar mais próxima da esposa. Ele tirou do bolso um pequeno broche com o brasão da casa de sua mãe.
— Como um Arryn, eu vou deveria colocar a minha honra, em primeira lugar. Mas, honrando o nome que eu recebi, como um Targaryen, eu vou tomar o que é meu. Com fogo e sangue.
— Nossa mãe estaria orgulhosa do homem que você se tornou. Ela entenderia que você nunca quis essa guerra, mas que ela foi empurrada para você.
O marido suspirou e voltou a se sentar, um pouco pensativo.
— Antes dela morrer, ela me pediu para ser o homem gentil e misericordioso que ela conhecia. Exatamente no dia que ela me pediu para... — Ele fez uma pausa súbita e percebeu que iria falar algo que não deveria.
— O que ela te pediu? — Rhaenyra o indagou.
— Ela me pediu para prometer que eu continuaria do jeito que eu era. E eu vou manter a promessa para a nossa mãe, até o fim. Eu vou polpar, toda e qualquer vida inocente que eu puder, vou ter misericórdia com aqueles que não tem nada a ver com o que os verdes começaram. — Baelon começou a girar os vários anéis que tinha em sua mão — Mas eu vou matar tudo e todos que se colocarem do lado do usurpador e que consequentemente questionaram a minha legitimidade.
— Nós criamos serpentes nos jardins de nossa própria casa, mas vamos esmagá-las.
Baelon olhou para a esposa e abriu um sorriso de canto. Poderia não ser o melhor momento, mas ele adorava ver ela furiosa. Parecia que ela ficava ainda mais linda do que já era.
Rhaenyra virou-se e olhou no fundo dos olhos do marido, e então perguntou:
— Marido, quando chegar a hora, você se lembrará quem é aquela mulher?
— Sim, minha esposa. Eu vou. Ela é a mulher que apoiou que o meu direito de nascimento fosse tomado de mim. Ela apoiou o usurpador, e não tem nada que pode mudar isso. Eu não vou ter misericórdia dela, ou do filho dele. Nem mesmo se a nossa mãe viesse pessoalmente me pedir isso.
— Eu espero que mantenha essa sua decisão até o final, pois eles vão começar a te chamar de Maegor II.
— Não. Eles vão me chamar de Baelon, O Cruel.
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Targaryen - The Winds Have Changed
FantasyReimaginando o universo de House of the Dragon (A Casa do Dragão) se a história acontecesse de outra forma, e se apenas mais um personagem fosse acrescentado na história, que efeitos isso teria?