Capítulo 7

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Riccardo

Abro meus olhos e respiro fundo sentindo o cheiro do perfume de Karina, afundo meu rosto em seu pescoço e ela suspira acariciando minhas costas com as unhas. Levo mão até a sua cintura e ergo a cabeça para morder seu lábio lentamente.

-Senti sua falta.- acaricia minha bochecha.

-Sabe que isso não vai se repetir.- digo segurando sua nuca.- Isso não pode se repetir.

-Eu odeio essa situação.- ela me observa.- Eu odeio ela.

Observo seu rosto e sorrio antes de dar outro beijo em seus lábios, Karina aperta as pernas no meu quadril e viro a gente na cama para ficar por cima. Afasto meu rosto do dela e respiro fundo.

-O casamento é amanhã.- informo.

-Tem que ter alguma saída.- ela faz bico.

-Não tem.- sento na cama e passo a mão pelos cabelos.- Você sabe como é a minha família, vai até o final com uma ideia.

-Seu pai deve ter algum plano.- ela me abraça por trás.- Ele não ia aceitar casar você, o herdeiro dele, com uma Romano.

-Não sei o que meu pai está pensando, ele não fala tanto assim.- encaro o chão.

-Talvez você devesse falar com ele.- morde minha orelha.- Talvez você mesmo devesse fazer um plano para quando vocês conseguirem acabar com essa ameaça.

-Um plano?- olho por cima do ombro.

-Depois que acabarem com quem quer que seja juntos, terão que dividir o prêmio e os dois ficaram de acordo que depois disso teria paz, não é?- pergunta e assinto.- Você deveria matar ela.

-Matar ela envolveria muitas coisas, uma delas é recomeçar a rixa entre as famílias.- explico.

-Acha mesmo que vocês vão viver em paz depois disso?- ela ri.- Sempre vão arrumar algo para as duas famílias brigarem, Ricc.

-Eu poderia matar ela.- concordo.- Mas só depois que tudo se acalmasse.

-E então nos casamos de uma vez.- ela sussurra no meu ouvido.- E tudo vai ser normal de novo.

-Eu...- meu celular toca e estendo a mão até a mesa de cabeceira.- Merda.

-O que foi?- ela parece preocupada.

-Organizaram um jantar de noivado.- levanto da cama.

-Você pode não ir.- ela me observa vestindo a calça.

-Eu sou o noivo.- falo contra a minha vontade.

-Isso é um saco.- ela cobre o corpo com o lençol.

-Precisamos ter paciência.- explico colocando a camisa e abotoando alguns botões antes de apoiar o joelho na cama e segurar seu queixo.- Prometo que assim que os Baggatti forem eliminados, vou casar com você.

-Vai demorar muito ainda.- ela parece triste.

-Vá planejando o casamento, então.- digo com um beijo em sua testa e ela sorri.

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