Capítulo 14

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Me levanto rapidamente ao ouvir o som da porta da frente se abrir, mas a tontura me fez cambalear por um momento

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Me levanto rapidamente ao ouvir o som da porta da frente se abrir, mas a tontura me fez cambalear por um momento. Assim que minha visão se aclimatou ao ambiente, me lembrei de onde estava: na sala de sua casa. vejo Keyla me observar.

— Senhor Morgan, o que está fazendo dormindo na sala? — perguntou, enquanto pegava uma jarra de água que estava sobre a mesa de centro. Vi quando ela a despejou em um copo e me entregou. 

Pensei em contar a verdade, mas acho que as pessoas iriam achar estranho. como eu vou contar que estava com babá dos meus filhos lá fora e que durante todo o tempo só queria prendê-la na parede e saber o gosto do seu beijo e sentir  a maciez dos seus lábios.

— Acabei dormindo e nem percebi.— Sorri cinicamente, sabendo que ela tinha o dom de detectar quando eu mentia. Evitei o contato visual. — Vou subir para o meu quarto antes que os meninos percebam que dormi na sala..

Senti seu olhar penetrante sobre mim. Ela era uma mulher na casa dos cinquenta anos e trabalhava aqui desde os seus vinte e dois. Naquela época, eu era apenas um pirralhinho. No entanto, ela sempre esteve ao meu lado, mesmo quando minha mãe viajava e passava meses fora. Nunca me deixava sozinho.

— Agradeço pela água. Tenha um ótimo dia, Keyla — disse a ela, pois a considerava como uma segunda mãe. Em seguida, subi as escadas em direção ao meu quarto.

Ao passar em frente ao quarto da Candice, notei que os meninos ainda dormiam tranquilamente, um sobre o outro, parecendo verdadeiros anjinhos. Instintivamente, levei a mão aos bolsos em busca do meu celular para registrar esse momento único. Foi então que me lembrei de que estava no meu quarto.

— pode usar o meu, caso queira — senti sua presença a poucos centímetros, ela me estendeu o celular, seu cabelo está volumoso, o que a deixava mais sexy, seu rosto um pouco inchado, deixando-a simplesmente adorável. Peguei seu celular e tirei uma foto das crianças, que ficou perfeita; Emily iria adorar vê-los assim. Uma tristeza profunda se instalou em mim, mas decidi ignorá-la. — Você tem uma família linda, Senhor Morgan. Consigo perceber o quanto eles estão felizes por você ter se reaproximado deles.

Apenas os observei por mais alguns minutos em silêncio.

— Eu sei que deveria acordá-los, mas só quero olhá-los por mais alguns momentos — comentei, vendo a loira confirmar com a cabeça. Um sorriso surgiu em meu rosto ao perceber que Hope estava dormindo atravessada por cima dos irmãos.

Senti a mão de Candice em meu braço e um arrepio percorreu meu corpo, seu toque transmitia eletricidade. Ela soltou meu braço como se tivesse sido queimada.

— Desculpa! — disse com voz assustada, e a vi corar rapidamente.

— Tudo bem, pode acordá-los —  respondi, sem dar a chance de ouvir qualquer resposta, e me retirei.

ao entrar no meu quarto sentia seu cheiro grudado em tudo, mais que praga de mulher é essa que tudo que faz me atrai, seu cheiro está por toda casa. — Para de pensar merda, ela é sua funcionária e muito jovem para ficar fantasiando o que poderia ou não com ela. — parei de pensar e fui tomar banho e tentar evitar de tê-la na minha cabeça, entrei na água bem gelada, sentia meu membro pulsar de desejo. Mas vai ser o máximo que ele vai sentir, porque a Candice nunca poderá ser minha.

 Mesmo que eu queira, vou me controlar. Tenho que pensar nos meus filhos. Ela é a única babá que durou mais de uma semana aqui desde a morte da minha esposa. Se meus filhos gostam dela, vou apenas me afastar e não me intrometer nessa relação ou na confiança deles com ela. Além disso, é ilógico pensar que ela se interessaria por um homem mais velho e rabugento como eu.

Saí do banheiro e escolhi uma roupa social. Precisava ir para a empresa, pois tinha muito o que resolver. Além disso, tinha um jantar marcado com a Persia. Ela disse que não estava se sentindo bem e precisava de companhia. Sugeri que chamasse suas amigas, pois não gosto de fazer companhia para ninguém. No entanto, ela lembrou que eu prometi ajudá-la com seu luto.

— Já não basta o meu, agora tenho que lidar com o dos outros — murmurei, frustrado.

Saí do quarto e vi Candice segurando a mão da minha pequena, enquanto iam em direção à escada. A pequena estava sonolenta, mas com um sorriso no rosto ao lado de sua babá.

Hope era muito pequena quando sua mãe morreu. Era natural que ela se apegasse rapidamente a alguém que representasse uma figura feminina. Provavelmente, ela nem se lembra de Emily, às vezes, desejava esquecer essa tragédia, queria apagar as memórias que tinha dela e seguir em frente. Desejava que meus filhos não tivessem passado por tanta coisa tão novos.

Segui logo atrás enquanto desciam as escadas. Vi Danielle e Jordan vestidos com seus uniformes escolares. Eles me viram e deram um sorriso.

— Oi, filha — dei um beijo em sua testa, e repeti o gesto com meu filho mais novo.

— Oi, pai! — disseram em uníssono.

Candice vinha com as lancheiras dos meninos e de Hope. Ao me ver, Hope correu em minha direção. Peguei-a no colo e dei um beijo em sua bochecha, e ela sorriu, me abraçando.

— Oi, minha pequena — disse, colocando-a novamente no chão. Olhei para Candice e vi um sorriso de lado em seu rosto.

— Bom dia, Senhor Morgan — ela cumprimentou.

— Bom dia, Senhorita Accola — respondi.

Desviei o olhar e peguei minha maleta; os meninos já estavam prontos.

— Pai, vai jantar hoje com a gente? — perguntou meu filho.

— Hoje não vou conseguir jantar com vocês porque...— Parei ao ver seus olhares tristes. Não tinha coragem de dizer que seria porque iria ver uma colega, eles nem gostavam da Persia.

— Papai vai jantar com uma pessoa muito importante do seu trabalho — interveio Candice, surpreendendo-me. — Não fiquem tristes. O papai jantou com vocês esses dias, não foi? — Eles concordaram com a cabeça. — Ele vai recompensar vocês amanhã.

— O quê? — proferi, surpreso.

— você me disse que estava querendo fazer algo especial com eles amanhã, que você iria cozinhar com a ajuda deles — ela disse com um sorriso cínico, eu sentia vontade de esfolá-la.

— Candice, eu...—  Comecei, mas parei, sem encontrar as palavras certas para responder àquela observação. sem conseguir responder, apenas assenti com a cabeça. não iria correr o risco de falar algo e discutir com a Candice na frente das crianças.

— Tchau, até mais tarde — eles me abraçaram e então fui para a garagem pegar meu carro.

Graças a Candice, amanhã não vou ter sossego. Eu não vou enfrentar isso sozinho; amanhã, ela vai cozinhar comigo!

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Beijos da Thete e da Tessa 💋

Espero que gostem!

Eu reescrevi esse capítulo umas 4 vezes e não gostei de nenhum. Então para não demorar mais para postar, vai esse mesmo. Espero não decepciona-los.

Até o próximo capítulo.

A babáWhere stories live. Discover now