► Capítulo quarenta e dois

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— Me soltem! — Grito para as duas mulheres que mais parecem estar hipnotizadas

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— Me soltem! — Grito para as duas mulheres que mais parecem estar hipnotizadas.

— O que você fez? — Indago.

Meu coração está se retorcendo dentro do meu peito, é uma dor que não consigo explicar. E não era suposto acontecer. Nada do que aconteceu nas últimas horas. Draco...Draco está morto!

— O processo se iniciou.

— Que processo Asteria? — Minha respiração está tão pesada e difícil que desconfio que ela fez um feitiço para o sono em mim.

— Você voltará a ser bruxa, e infelizmente...continuará vampira. — Essa é outra história que me deixa confusa. Foram tantas informações, que minha cabeça dói.

— Você sabia que eu era uma bruxa quando me salvou? Se é que me salvou. — Vejo suas costas vibrarem em um riso.

— Querida, eu queria você, e arranjei métodos para isso. — Isso confirma que ela não me salvou. — E sim, eu sabia que você era uma bruxa.

— Você matou a Riya! Matou o Draco! — Um choro doloroso irrompe minha garganta. Lágrimas de sangue escarlate. — Você é um monstro! — Soluços dolorosos e uma confusão de sangue. É tudo que sou agora.

— Pare de chorar. — Asteria se vira bruscamente para mim e aperta o meu queixo. — Pare agora essas lágrimas! — Ela grita. Ela parece zangada, furiosa. Furiosa por quê estou chorando.

— Você não tem o direito de chorar. — É tanta raiva que quase me retorço.

O ar fica pesado de respirar. Minhas pálpebras ficam pesadas e a última coisa que vejo é Asteria.

[...]

— Espíritos que regem a terra e seus elementos, eu os invoco... — Minha vista está um pouco embaçada eu tento focar para saber aonde estou e o que está acontecendo.

As mulheres do acampamento estão dançando em círculo e no meio estão eu e Asteria.

— O que você está fazendo? — Tento me levantar mas minhas mãos estão presas no chão por raízes de alguma coisa. — O que é isso!? — Me debato mas o aperto fica mais forte marcando meu pulso.

— Busco por Aurora, a tragam de volta e levem a alma dela. — Ela resmunga de olhos fechados.

Que merda está acontecendo!?

— Asteria? — Chamo. — Asteria!? — Grito mais alto quando sinto algo puxar o meu ar. Não consigo respirar. Gemidos que sei que não estou fazendo escapam da minha boca.

Seja lá o que Asteria estiver fazendo, está resultando. Imagens desconexas aparecem em minha mente. São de uma mulher.

Minha visão embaça novamente e me sinto perder os sentidos.

— Tem certeza que quer fazer isso sozinha? — Persis pergunta apertando minhas mãos

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— Tem certeza que quer fazer isso sozinha? — Persis pergunta apertando minhas mãos.

Posso ver em seus olhos o medo que sente.

— Sou a única que pode fazê-lo. — Persis fecha os olhos por alguns segundos e volta a me encarar. Levo minha mão ao seu rosto e acaricio sua bochecha.

— Sabe, quando tivemos a Naomi, todas as vezes. — Nós rimos em meio a tristeza. — Foi como um presente especial, eu amo muito a nossa filha, mesmo que não tenha demostrado ao longo dos anos.

— Amor...

— Shiu... — Interrompo. — Me escuta primeiro. — Limpo a garganta para continuar. — Isso era o que eu deveria ter feito a muito tempo, parado com esse ciclo. Mas fiquei presa a ele, era um consolo, de certa forma era reconfortante saber que teríamos ela de volta depois de alguns meses. — Confesso.

— Por quê sinceramente, não sei o que seria de mim se perdesse Naomi para sempre. — Sinto um peso sair de minhas costas, falar essas coisas para o meu fiel confidente é de certa forma um alívio.

— Mas está na hora de acabar com isso, nossa filha merece ser feliz para além dos 19 anos. — Sou arrebatada com um abraço apertado de Persis. Eu fecho os olhos em meio a tamanho amor.

— Vamos lá, as meninas devem estar esperando. — Persis diz quando desfazemos o abraço.

Sua mão não me solta.

Mesmo casados a séculos, ainda é como se fosse ontem que eu insultei um jovem mortal por quase me molhar...

Eu concordo e o sigo.

Ágatha e Cordélia chegaram ao hotel desesperadas, Ágatha havia perdido parcialmente os sentidos e Cordélia não sabia como ajudar.

Ela precisava de uma bruxa experimente. Acabei usando alguns dos feitiços que aprendi quando ainda vivia na comunidade de bruxas...

— Está bem agora, querida? — Pergunto a Ágatha que agora está sentada no sofá.

— Estou bem melhor, obrigada tia. — Eu sorrio para ela e assinto.

— Sabem me dizer aonde exatamente vocês estavam?

— Explicar exatamente não...mas a energia de Cordélia está por todo o caminho. — Eu assinto.

— Fiquem aqui, eu vou recuperar Naomi.

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O Vampiro que não me amaWhere stories live. Discover now