66 - Albuquerque.

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Bendito olhava cada título com ânsia de achar algo útil. Abriu várias enciclopédias botânicas, leu sobre inúmeras árvores estranhas, mas não achou nenhuma com um desenho de sol. Procurou então, algo mais recente, que contasse sobre as árvores e as consequências dos dias nublados e das grandes chuvas. Encontrou muita coisa.

Desde o dia em que as nuvens não se dissiparam, muitos cientistas começaram a desenvolver pesquisas tanto sobre as causas do incidente meteorológico quanto sobre como amenizar os problemas que vinham com ele. Estavam listadas inúmeras soluções, envolvendo o uso de luzes especiais, a criação de grandes domos de vidro para proteger as cidades (mas isso só tinha sido realidade em cidades riquíssimas, que Bendito nem fazia ideia que existiam) entre outros. Mas nada de árvores com desenhos de sol.

– O que está procurando? – Vinícius se perdera dentro da enorme cidade, e acabara chegando na biblioteca.

– Árvores com desenhos de sol. – respondeu Bendito.

– Está procurando isso em enciclopédias? Sério? – Amado deu uma risada. – Esse tipo de coisa você encontra em livros de Lázaro .

– Quem?

– Um escritor. Quando saí de casa, levei comigo uns livros dele. Perdi todos eles no caminho. Mas lembro que em algum deles falava sobre uma árvore com desenho de sol. Ele tinha umas ideias meio doidas. –sorriu amarelo. Gostava do escritor, mas sabia que às vezes ele fugia muito do senso comum.

– Lembra o nome?

– Alguma coisa do sol. Um país, sei lá.

– Que sugestivo.

– É, eu sei.

E lá se foi Bendito procurar o bendito livro.

A Cidade do SolOnde histórias criam vida. Descubra agora