Uma Chance?

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Vamos passar essa semana inteira sem fazer nada em casa. Minha mãe e Alexander saem para trabalhar às 7:30, deixando - nos sozinhos naquela mansão. Levantei - me às 8:00, enquanto Christopher, apenas às 10:00. Ele acordou faminto e não queria café da manhã. Ótimo!
Chris - Bom dia.
Eu - Iai. - Falo sem tirar os olhos da tevê.
Chris - Quero almoçar.
Eu - E o que eu tenho tenho a ver com isso? - Ele pega uma almofada e me acerta. - Aí!
Chris - Pra você aprender a deixar de ser tão chata.
Eu - Você me ensinou.
Chris - Você me adora.
Eu - Ou não.
Chris - Eu sei que sim. - Ele se aproxima para um beijo. Eu viro o rosto. - Ah, qualé!
Eu - Sai, você disse que eu sou chata.
Chris - Desculpa. - Ele faz cara de cachorro sem dono.
Eu - Tanto faz. Mas iai? O que Vamos comer?
Chris - A gente podia ir em um restaurante aqui perto. Meu pai conhece o dono. É só eu explicar tudo e depois ele cobra do meu pai.
Eu - E seu pai deixa você fazer isso?
Chris - Ele deixou a gente aqui sem ter o que almoçar. Acho que temos razão.
Eu - É, faz sentido. Vou trocar de roupa e ajeitar meu cabelo. Volto já.
Chris - Mulheres!
Eu - Cala a boca! - Confesso que demorei pelo menos, uns vinte minutos para escolher uma blusa. Fui com um shortinho jeans, não muito curto e calcei meu all star. Deixei meu cabelo solto, Passei um pouco de maquiagem, com a única intenção de esconder alguns acnes, passei um brilho pra finalizar e desci. Me deparo com Christopher olhando seu machucado no espelho.
Eu - Ei, vem cá. Vou fazer outro curativo.
Ele - Tá doendo pra caramba. Está me dando até dor de cabeça.
Eu - Vem, é rápido.
Chris - Acho melhor ligar para ele vir deixar a comida. Não acha?
Eu - Sim. Vou buscar minha caixinha de primeiros socorros.
Chris - Enquanto isso, eu ligo para ele.

Fui até meu quarto e tirei aquela roupa, trocando - a por uma que me deixava mais à vontade. Peguei a caixinha de primeiros socorros e desci novamente. Christopher estava ao telefone, passando todas as informações necessárias para efetuar o pedido.
Chris - Pronto. Eles chegam já, já.
Eu - Okay, agora vem aqui. - Falo pegando um algodão com álcool e passando no lugar onde está inflamado.
Chris - Aí!
Eu - Desculpa. Sangrou um pouquinho aqui. - Falo tratando de limpar bem. Por fim, Ponho um curativo. Ficamos entretidos vendo tevê por um tempo. Não demorou muito para que nosso almoço chegasse. Christopher parecia cada vez mais fraco.
Eu - Você não vai comer? - Falo percebendo que só levou a colher à boca duas vezes.
Chris - Não estou bem.
Eu - Coma e depois vá descansar. Vou dizer para os meninos que nós não Vamos ter os ensaios desta semana.
Chris - Não faz isso! Não podem prejudicar o grupo por minha causa!
Eu - Okay. Mas a culpa não é sua. Vou dizer que prossigam com os ensaios sem a gente.
Chris - Está bem.
Ponho minha cadeira ao seu lado, na mesa, pego sua colher e encho de comida.
Eu - Olha o aviãozinho. - Falo enquanto gesticulo para ele abrir a boca.
Chris - Sério? Isso é ridículo! - Ele fala rindo.
Eu - Sério Mesmo! - Falo séria e ele faz um olhar de medo e depois come. Assim, ele comeu quase tudo. - Agora é a hora de você descansar. Precisa relaxar a cabeça. - Falo enquanto pego em sua testa. - Meu Deus, Chris! Você está queimando em febre!
Chris - Eu tô bem, eu tô bem...
Eu - Não está não. Já para o quarto!
Chris - Tô indo. - Ele fala subindo as escadas.
Depois que ele se deitou, peguei um remédio para dor e febre, encharquei um pano com água e fui direto ao seu quarto.
Eu - Aqui. Toma. - Falo dando o remédio e um copo com água em sua mão.
Chris - Obrigado. - Ele fala e engole.
Depois que bebeu o remédio, se acomodou na cama e eu pus o pano com água em sua testa, tentando não magoar os vários machucados que tinham ali. O remédio começa a fazer efeito e Chris fica sonolento. Fiquei mexendo em seu cabelo até ele dormir. Sentei - me numa poltrona que havia ali e fiquei no celular:
Whatsapp
Eu - Gente, eu e Christopher não Vamos participar do ensaio. Ele está muito mal devido ao susto. E como nossos pais trabalham o dia quase todo, tenho que ficar come ele. - Falo no grupo da dança.
Lucas - Okay, melhoras para ele. Pode deixar que eu cuido dessa cambada todinha.
Eu - Obrigada kkk'.

Depois de ter me justificado e todos concordarem, fui tomar um banho, mas logo voltei para o quarto de Christopher. Eu temia que sua temperatura aumentasse demais. Recebo uma ligação de Isaque me chamando para jantar com ele. Saio do quarto com a intenção de não acordar Christopher. Fico no corredor.
Ligação
Eu - Isaque, não é porque não queira. Chris está doente. Não posso deixá - lo sozinho aqui... E se ele passar mal?
Chris - Eu vou ficar bem. Pode ir.
Eu - Não, Christopher. Você tem que ficar em observação.
Chris - Eu tô melhor. É sério. Eu fico bem.
Eu - Certeza?
Chris - Claro.
Isaque - Louhanna?
Eu - Aqui.
Isaque - Então?
Eu - Okay.
Isaque - Certo. 19:30 vou aí te buscar.
Eu - Okay. - Desligo.
Aí, meu Deus! Já são 18:15! Tenho que me arrumar. Tomo meu banho, visto um vestido vermelho, um pouco abaixo do joelho, deixo meu cabelo solto, faço uma maquiagem não muito forte,pois meu rosto estava ferido devido às unhas daquela vaca e Ponho um par de brincos vermelho também. Acabei de me arrumar às 19:25. Ufa'.
A campainha toca.
Eu - Já vou! Chris, atende aí! - Eu grito dando uma última olhada no espelho. Desço as escadas e estão os dois conversando. Quando Christopher me ver, arregala os olhos.
Chris - Uau!
Isaque - Você tá linda! - Corei.
Eu - Obrigada. - Falo tímida.
Isaque - Então, Vamos?
Eu - Tem certeza de que vai ficar bem? - Olho para Chris bem preocupada.
Chris - Vou sim. Podem ir.
Eu - Okay, me liga, qualquer coisa. - Falo já saindo e fecho a porta. Estava bem preocupada.
Isaque me levou a um restaurante, bem chique por sinal. Ele fez o pedido e, enquanto não chegava, ficamos conversando. A comida chegou e comemos em silêncio. Ao sair dali, ele me levou à praia. Nós sentamos na areia e ficamos conversando, enquanto não tirávamos o olhar do mar por um instante. Então, ele olha nos fundos dos meus olhos.
Isaque - Louhanna, namora comigo? Eu te amo muito. Sei que te falar não é o suficiente, mas quero provar que posso te fazer feliz. Me dá uma chance? - Fico vermelha.
Eu - Sim,sim,sim. - Ele não perde tempo e me beija, ali mesmo. Fomos interrompidos pelo meu celular tocando.
Número desconhecido - Louhanna Lewis?
Eu - Sim, pois não?
Número desconhecido - Você é alguma coisa de Christopher Lee?
Eu - Sou irmã. Por quê?
Número desconhecido - Aqui é do CAI, Central de Atendimento Imediato - meus olhos enchem - se de lágrimas - seu irmão teve uma convunção e foi trazido para cá por nós e está acompanhado por um jovem rapaz. Por favor, compareça à nossa Central com rapidez.
Eu - Estou indo. - Falo já chorando.
Isaque - O que foi, minha princesa?
Eu - O Christopher está mal no hospital. Vamos até lá. - Falo sem parar de soluçar.
Isaque - Vamos.
Chegamos em cinco minutos. Logo avisto Ítalo que esperava sentado. Estava muito preocupado.
Eu - Meu Deus! Eu disse que não podia deixá - lo só. Sou uma péssima irmã! Egoísta! - Grito me descabelando.
Isaque - Calma. Não foi culpa sua.
Eu - Como posso ter calma quando me sinto culpada por deixar meu irmão doente em casa? E sozinho! Meu Deus! - Choro ainda mais.
Médico - Ele está bem. A febre que ele sentiu foi alta, devido à Infecção que apareceu em seu machucado. O nome é linfangite. O caso poderia ser mais grave. Só não foi graças à rapidez com que foi atendido. Seu estado é estável. Será disponível para visitas daqui a quinze minutos.
Eu - Okay... Okay... Ainda bem. - Falo com um pouco de alívio. - Ítalo, obrigada por trazê - lo aqui. Mas explica isso direito.
Ítalo - Eu vi sua mensagem no grupo do Whatsapp e resolvi visitá - lo. Ele até estava bem. Eu vi algumas "linhas" vermelhas partindo do seu machucado na testa. Ele disse que não devia ser nada demais e que eu não precisava me preocupar. Fomos jogar uma partida de x - box. Notei que ele começou a ficar pálido e perguntei se não era melhor pararmos. Ele não deu importância e continuamos a jogar. Ele caiu no chão de repente e começou a se debater. Liguei imediatamente para a emergência que, por sua vez, não demorou para chegar, graças a Deus, e cá estamos nós.
Eu - Muito obrigada mesmo. Não tenho nem como te agradecer.
Ítalo - Relaxa.
Foi aberto para visitas e só podia entrar uma pessoa por vez. Fui na frente.
Eu - Chris, me desculpa!
Chris - Não foi culpa sua. Eu que sou teimoso.
Eu - Não devia ter te deixado só. Principalmente doente como você estava.
Chris - Relaxa. Eu tô bem. A culpa não é sua.
Eu - Já, já voltamos para casa e você vai ficar bem.
Chris - Sim. - Ele sorri.
Depois de ter passado vários remédios e dieta, o doutor liberou o Chris. Isaque nos deixou em casa. Estranho, minha mãe e Alexander ainda não chegaram do trabalho. Isaque ajudou Chris a subir as escadas e deitar - se na cama. Depois disso, levei - o até a porta e ele me deu um beijo de boa noite. Subi até o quarto de Chris e ele já estava dormindo. Me deitei em uma poltrona que tinha em seu quarto, bem confortável pra falar a verdade, acabei adormecendo ali.

O Idiota do Meu Meio IrmãoWhere stories live. Discover now