Altos e Baixos

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Depois de todos termos organizado nossos quartos, resolvemos dá uma festa em comemoração da nossa nova casa. Eu e as meninas personalizamos a casa e os meninos foram comprar as coisas como refrigerantes, cerveja (Chris não é nem doido de beber), salgadinhos, etc. Fizemos os meninos arrastarem o sofá para perto da parede, deixando a sala mais vaga; Deixamos o x-box ligado; ligamos os globos de luz (nos dois andares); ligamos o som e já colocamos músicas eletrônicas. Após isso, fomos ligando para alguns amigos nossos. Os meninos chegaram com a comida e depois deles, foram chegando os primeiros convidados. Eles fizeram questão de chamar outras pessoas, as quais eram amigas deles. Não nos importamos muito e começamos a dançar. Alguns, no just dance, outros, só para dançar mesmo.

Proibi, de fato, Christopher de beber qualquer coisa que tenha a mínima quantidade de álcool possível. Ele não pareceu se importar muito. Só fiquei com uma pitadinha de ciúmes quando as vacas das convidadas dele começaram a dar mole para o mesmo. Mesmo assim, mantive o controle. "Ele me ama". Repetia para mim mesma.
Menino estranho - Oi.
Eu - Oi. - Falo sentada na mesa sem erguer o pescoço para ver quem era.
Menino estranho - Lembra de mim? - Finalmente, olho para ele. Não me recordo de primeira, mas logo me vem a lembrança.
Eu - Não, não, não... Pera... PARA TUDO! Matheus? O ferinha? (O chamávamos assim porque ele era o fera do basquete no tempo do fundamental dois).
Matheus - É isso aí!
Eu - Ai, que saudades de você!!! - Falo dando-lhe um abraço apertado.
Matheus - Também senti muito sua falta.
Eu - Como veio parar aqui? Não entenda mal, é só que tipo... Eu não tenho o seu número... Não fui eu que chamei.
Matheus - Relaxa, garota. Quem me chamou foi a Megan.
Eu - Ah, tá explicado. - Rimos. Ele era um louco apaixonado pela Megan, antes, mas acho que já superou. - Então, alguma novidade nesses muitos anos?
Matheus - Terminei o ensino médio, assim como você, comecei a trabalhar como assistente numa lojinha, enquanto consigo a grana para cursar medicina.
Eu - Nossa, isso é ótimo! Eu quero fazer psicologia.
Matheus - Se garante! - Ele bate palma. - É... Hanna...
Eu - Oi?
Matheus - Preciso falar com você. - Ele fala no meu ouvido, causando arrepios no meu corpo inteiro. - Tento me controlar discretamente para não causar constrangimento ao garoto.
Eu - Bom... Tô ouvindo...
Matheus - A gente pode subir? Lá em cima é mais reservado.
Eu - Tudo bem. - Subimos e, para o pessoal não ficar criando especulações sem sentido a respeito de nós, ficamos na varanda que é de fato, o canto mais exposto da casa. - Então... Pode falar..
Matheus - Eu soube do acontecido com sua mãe há um tempo atrás... E Ahn... Percebi que você foi muito forte o tempo todo. Desde que ela descobriu esse male, até o momento de sua partida... Desculpe falar sobre isso é que...
Eu - Sem problemas. Pode continuar.
Matheus - Eu estou passando pela mesma situação. Preciso muito da sua ajuda. Como eu sofro menos? Como serei forte o tempo inteiro?
Eu - Eu não fui forte o tempo inteiro. Muito menos, tive meu sofrimento reduzido. Eu apenas tinha aparência de pessoa forte porque eu precisava passar força para ela e para meu padastro, mas quando me encontrava sozinha, fazia um rio de lágrimas. - Falo quase chorando.
Matheus - Desculpe.
Eu - Tá tudo bem. - Ele me dá um beijo na bochecha.
Matheus - Quer um refri?
Eu - Sim, eu agradeço.
Matheus - Chego já. - Ele fala e vai em direção ao barzinho. Vejo Chris vindo em minha direção.
Eu - Oi, Amorzinho. - Falo e tento dar - lhe um selinho, mas ele se afasta.
Chris - Certeza que não ia falar isso para o Matheus?
Eu - Ah, é sério isso?
Chris - Claro que é. Pensa que eu não o vi dando cima de você?
Eu - Christopher, não acredito que você está pirando por ciúmes. Não acredito mesmo! Principalmente, do Matheus!
Chris - Não quero esse cara perto de você!
Eu - Pois vai ficar só na vontade mesmo porque ele é meu amigo!
Matheus - Opa.. O que tá rolando aq... - Antes que pudesse terminar de falar, Christopher deu-lhe um soco no nariz e correu pra cima dele.
Eu - Chega, Christopher! Chega de infantilidade! - Ítalo e Lucas o seguraram.
Chris - Quer saber? Pra quê brigar, não é mesmo? Estamos numa festa! Vamos curtir! Podem me soltar, Agora. Não quero mais saber desse traste. - Ele fala se soltando dos meninos e indo para o andar de baixo. Depois de um tempo, a festa continuou a rolar normalmente.
Eu - Aí, meu Deus. Desculpa, ferinha.
Matheus - Relaxa. Ele só tá com ciúmes idiotas.
Eu - Mas não tem nada a ver.
Matheus - Até eu teria ciúmes de uma garota como você. Além de bonita, é inteligente, tem caráter, personalidade forte e valoriza muito a amizade, de acordo com o que acabei de presenciar. - Fico vermelha.
Eu - Tá.. Nem tanto, mas obrigada.
Matheus - Só verdades. Conversamos ali por um tempo até ele resolver ir embora. Eu entendo, pois já estava realmente tarde e ele tinha que cuidar de sua mãe.
Eu - Vamos, eu te deixo no portão.
Matheus - Claro.

O Idiota do Meu Meio IrmãoWhere stories live. Discover now