Poço de Tristezas

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Eu - O QUE É ISSO?
Isaque - H-a... H-a.. Hanna... Eu posso explicar!!!
Eu - Não tem nada do que explicar! Eu vi tudo, tá? E você, Nicole??? Eu pensava que era minha amiga!!! - Ela permaneceu congelada. - Obrigada pelo nosso presente de 5 meses, Isaque!
Nick - Amiga...
Eu - Amiga??? Tem a audácia de me chamar de amiga??? Me poupe de sua falsidade!!! Adeus. Sejam felizes juntos! - Trato de me retirar dali chorando mais do que nunca.

Quando Chris me vê saindo do ginásio e me isolando de tudo e de todos, no corredor, corre atrás de mim.
Chris - Hanna!!! Pera aí!!!
Eu - O que foi? Não quero falar com ninguém!
Chris - Por quê? Me explica o que aconteceu!
Eu - Nada, Christopher. Eu só não estou afim de papo!
Chris - Essa é a primeira prova de que você tem alguma coisa. Você NUNCA "não está afim de papo"! Nunca! Você sempre fala.
Eu - Me perdoa, Chris! - Falo o abraçando forte e chorando muito.
Chris - Pelo quê, Hanna?
Eu - Por não ter acreditado em você. Me perdoa! Isaque é um imprestável. Por favor, me perdoa. - Falo sem conseguir parar de soluçar.
Chris - Não tem do que se desculpar...
Eu - Tem sim. Não confiei em você. Me desculpa!
Chris - Hanna... - Ele levanta minha cabeça para olhar no fundo dos meus olhos e põe meu cabelo atrás da orelha...
Eu - Oi...?
Chris - Eu já sabia de tudo...
Eu - Como assim? Por que não me contou??? Será que não tem mais ninguém que eu possa confiar, não? - Falo muito brava. Não acredito que ele escondeu isso de mim. Não acredito mesmo!!!
Chris - Calma que não é assim, tá? Deixa eu falar!
Eu - Como vou saber se não está me escondendo mais nada?
Chris - Ah, Qualé! Confia em mim! - Meu celular toca.
Eu - Alô.
Alexander - Louhanna... É... Ahn...
Eu - Que foi?
Alexander - Vem aqui em casa.
Eu - Alexander!!!
Alexander - Vem logo. - Ele desliga.
Eu - Droga!
Chris - Que foi?
Eu - Seu pai disse pra gente ir pra casa.
Chris - Por quê?
Eu - Vamos descobrir. - Vamos até o carro sem se despedir de ninguém. Chegamos em casa. - Alexander! - Grito entrando em casa.
Alexander - Sobe aqui!
Eu - Tô indo. - Saio correndo desesperadamente em direção ao quarto. - Vejo uma cena horrível: Minha mãe deitada naquela cama, muito fraca, muito magra, sem conseguir dizer quase nada. Meus olhos enchem - se de lágrimas.
Alexander - Me ajuda a trocar o soro. - Ele fala e eu percebo que não é isso que Vamos fazer, mas concordo.
Eu - Tá bom. - Quando chegamos na cozinha, ele começa a falar.
Alexander - Bom, sua mãe é... Ela teve uma recaída e... Ahn... O médico disse que tem que ser feita uma cirurgia, de imediato para evitar futuros problemas. E... Ahn... É uma cirurgia de risco... Já deve saber... - Não me aguento e começo a chorar. Desta vez, mais forte. Não consigo me conter. Alexander sobe e vai falar com minha mãe. Percebo a tristeza dela, mas não é do tipo "meu Deus, eu tô morrendo". Está mais para "meu Deus, como minha filha vai ficar se eu morrer agora?" Fomos ao hospital. Eu fui conversando com ela o caminho inteiro e, só parei quando ela entrou na sala de cirurgia. Minha mãe é tudo pra mim. Espero que dê tudo certo!!!

E passaram - se uma hora, duas horas e nada dela sair daquela sala. Nenhuma notícia. Os cirurgiões não saíram de lá uma vez, se quer, para falar como estava sendo o procedimento. Eu estou muito preocupada. Não aguento mais! Quero notícia da minha mãe! Alexander, por mais que seja "forte", não consegue esconder a tristeza no olhar. Minha mãe é a única mulher que ele amou após a morte da mãe de Christopher. Com certeza, está sendo muito difícil pra ele. O cirurgião sai da sala.
Dr. Willians - Bom... É... Ahn... Sentem - se.
Eu - Pelo amor de Deus, diga que ela reagiu bem!!!
Dr. Willians - Eu sinto muito. Fizemos o possível. A cirurgia estava indo muito bem, ela estava reagindo muito bem, mas infelizmente, ela teve uma parada cardíaca. Fizemos tudo o que foi possível para ela retornar, mas não tem mais nada que possamos fazer. O coração parou de funcionar.
Eu - NÃÃÃÃÃÃO!!! MINHA MÃE, NÃO!!! - Grito desesperadamente, puxando meus cabelos e chorando bem alto. Estava surtando! Saí batendo na parede e correndo para a sala onde ela estava. "Tão linda; Tão boa; tão atenciosa; tão amável; tão doce; tão carinhosa... Tão... TUDO PRA MIM" Repetia no meu pensamento.
Eu - Te amo, mamãe. - Falo chorando em cima de seu corpo. Hoje é o pior dia da minha vida.

O Idiota do Meu Meio IrmãoKde žijí příběhy. Začni objevovat