Nunca Deixei de Te Amar

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Quartamos, besties!
Já sabem como funciona: 50 comentários sobre o capítulo antes de sábado e teremos capítulo extra. Caso contrário, volto no sábado com o capítulo 26!

Posso contar com você?

Boa leitura!!!

Beijos purpurinados,

Kami <3

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GABRIELLE

19 de maio de 2001

    Depois do susto de ser flagrada por Rogerinho aos beijos com Samuel, Jessica foi como minha super-heroína resolvendo o problema. Se há apenas dois meses me dissessem que eu não só viraria amiga de Jessica Diniz, mas a teria como minha melhor amiga e cúmplice, eu riria tanto que teria dor de barriga.

    Mesmo que ainda tenha ficado um pouco preocupada, não consegui permanecer focada em outra coisa que não os lábios de Samuel nos meus. Não sei exatamente em que momento isso aconteceu, mas agora não consigo mais me ver sem ser totalmente dele.

    Acordei assustada após as oito da manhã. Samuel e eu dormíamos juntos quase todas as noites, mas nos primeiros raios de sol, ele já era expulso do meu quarto, antes que toda a cidade acordasse. No entanto, essa era a primeira vez que podíamos acordar juntos, no melhor momento.

    Solto um gemido frustrada por ter acordado antes dele e devagar, vou para o quarto de Jessica para poder me trocar. A roupa da noite anterior foi substituída pela camiseta de Samuel, mas ainda precisava de uma roupa para não correr o risco de a governadora aparecer de repente como na noite anterior.

    O quarto da minha amiga está na mais completa escuridão e, após um resmungo dela, consigo encontrar minha mochila e vou até o banheiro para me trocar.

    Um banho rápido é o suficiente, com o cabelo ainda molhado e os dentes escovados, saio de fininho do quarto da minha amiga para acordar Samuel com uma série de beijos, mas meus planos vão por água abaixo quando a governadora me vê saindo do quarto da filha.

    — Bom dia, Gabrielle. Não sabia que horas vocês acordariam. — diz polida, apesar de a minha mãe detestá-la, a governadora Maria sempre foi muito gentil comigo.

    — Bom dia, governadora. Dormiu bem? — ela sorri forma educada, mas seu sorriso chega aos olhos, tão azuis quanto os de Jessica. Na verdade, minha amiga é realmente uma versão mais jovem e rebelde da sua mãe. Os mesmos cabelos escuros, os mesmos olhos curiosos, mesmo corpo magro e elegante.

    Algumas poucas rugas se concentram ao redor dos seus olhos, mas ainda assim, a governadora não aparenta ter mais de quarenta anos. Vestindo um requintado vestido azul claro, ela parece sempre pronta para exercer sua função de maior líder do estado sem perder a sofisticação.

    — Muito bem, obrigada. E você? Sei que a Jessica se mexe bastante durante a noite. — diz pensativa. — Desde que era uma bebezinha ela é assim. Imagino que ela ainda esteja dormindo.

    — Dormi como um bebê! E, sim, acho que ela não acordará tão cedo. — informo, dando de ombros. — Mas se a senhora quiser, posso tentar.

    — Você não conseguiria. — ela sorri um tanto amarga. — Você gostaria de tomar café? Podemos conversar um pouco... — sugere.

    Por mais que eu queira voltar para a cama, direto para os braços de Samuel, uma leve pontada atinge meu estômago. Claramente a governadora sente falta da filha e fazer-lhe companhia não seria de todo o mal.