Hurricane

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Oi gente, esse capítulo não está muito longo. Temos introdução de um novo personagem. Espero que gostem!

Boa leitura ❤️

POV Camila Cabello

Os dias que passei com Lauren e Sofia naquela ilha foram mágicos, porém me trouxeram muito transtorno. Minha cabeça está uma completa bagunça, não só a minha cabeça, confesso, mas não tenho muito o que fazer, não é algo controlável.

Retornei à minha rotina normal de trabalho. Acabei deixando o caso Manic Polaroid com uma segunda equipe. Apesar de ter sido alertada enquanto estava com Lauren na ilha de que mais um corpo totalmente torturado havia sido encontrado, não havia provas relacionadas ao serial killer. Terei de visitar a ala legista e acompanhar a autópsia, mas nada comprova que tenha ligação, ainda mais pelo corpo não se encontrar no mesmo local dos demais, como segue o modus operandi.

O caso ainda continuará em aberto, mas minhas preocupações estão centradas na Operação Haiti. Hoje estaremos investigando um dos maiores pontos de tráfico de Miami, comandado nada mais, nada menos que Lamar, o principal suspeito do assassinato de Luck.

Ainda me sentia frustrada pelo caso de Luck, havia tantos furos. Lamar poderia estar preso já, mas a família da vítima resolveu não prosseguir com o caso e, sendo bem sincera, por se tratar de alguém tão grande como Lamar, fomos obrigados a arquivar.

É ridículo, não sei como ainda aguento exercer essa profissão. Muitas vezes, temos provas necessárias, até mesmo flagrantes. Não é falta de competência, a realidade é que somos silenciados de exercer nosso trabalho. É uma milícia gigantesca e se você se revoltar contra ela, sabe-se lá o que pode acontecer com você. O caso do Luck é um dos exemplos dessa corrente corrupta e eu, infelizmente, não poderia fazer absolutamente nada.

Com o caso Haiti, estou esperançosa. Reunimos muitas provas, foram meses e mais meses com pessoas infiltradas, testemunhas mantidas em proteção sigilosa. Tudo para não haver erros. O que faremos hoje não será algo nada pacífico, já temos o aval lá de cima para uma invasão.

Abri a porta dupla da sala de autópsia, encontrando Dinah e Ally.

- Porra, que horrível – Dinah resmungou, desviando os olhos do cadáver à nossa frente.

Me aproximei da pequena mesa onde ficam todos os produtos de higiene e EPI. Retirei um par de luvas descartáveis e as coloquei nas mãos enquanto me aproximava da mesa.

Dinah tem razão, está horrível!

- Onde o cadáver foi encontrado? - Perguntei, sentindo a presença de Ally ao meu lado.

Meus olhos percorreram os mínimos detalhes. Tenho a estranha mania de analisar a feição de cada cadáver e, bom, este está com uma suavidade. Fiz uma careta. Quem morreria feliz?

- Bom, ele foi encontrado por um coveiro em uma das covas que havia sido escavada. Analisamos o local e constatamos que não foi o local do crime. Está vendo os braços dele? – Perguntou Ally ao meu lado, apontando para seus braços sem as mãos. Apenas assenti com a cabeça – Como pode ver, ele está praticamente sem mãos, todos os seus nervos estão rompidos. Algo muito pesado bateu nelas e as fez em pedaços.

- Uma pedra? - Questionou Dinah.

- Não - Respondi primeiro, me inclinando mais para observar - Se fosse pedra, no estado em que está essa mão, com certeza teriam lascas. Talvez uma marreta? - Perguntei olhando para Ally.

– Bem provável - Ally apontou para um pote cheio de pedaços de uma carne qualquer – O corte em sua garganta foi a forma como ele morreu, o pouco de sangue seco no canto de sua boca mostra que a vítima engasgou com o próprio sangue antes de morrer.

Dark ParadiseWhere stories live. Discover now