Descoberta

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Oi gente, desculpa a demora? Sim, claro ou com certeza?

Boa leitura para todos e desculpa qualquer erro 🏃🏻‍♀️

POV Lauren Jauregui

A porta bateu na minha frente, meu corpo tremia por inteiro, o tremor era tanto que minhas pernas fraquejaram. No mesmo instante, coloquei minha mão direita na parede branca e gelada daquele hospital. Tentei sustentar meu corpo, mas ele não obedecia, me levando a sentar no chão, tão gelado quanto a parede. As lágrimas ainda escorriam incansavelmente dos meus olhos, minha garganta ardia pelo nó e minha cabeça pulsava de dor. Dobrei meus joelhos, apoiando meus cotovelos, enquanto minhas mãos afundavam no meu couro cabeludo.

Camila havia acordado, ela acordou e olhou para mim. Conseguia ainda sentir o toque da sua mão na minha. Um arrepio percorreu pelo meu corpo, fazendo todos os meus pelos ouriçarem. Se a Dinah souber, ela vai surtar...

- Dinah... - Sussurrei enquanto afastava a cabeça das minhas mãos e com uma delas, procurava o celular no bolso da jaqueta - Ela tem que saber.

Com a mão tremendo, peguei o celular e desbloqueei, indo direto no contato da minha mais nova amiga.

- Sra. Jauregui? – Ouvi uma voz me chamar, mas mantive minha atenção nos contatos do meu celular. – Lauren?

- Sim... – Respondi, tentando demonstrar um pouco de atenção.

- Lauren, olhe para mim, sou eu, Lívia. – Ao ouvir seu nome, a reconheci. Tratava-se de Lívia, a enfermeira de Camila. Meus batimentos aceleraram mais uma vez, talvez ela tenha trazido boas notícias.

- Lívia?! - Enxuguei rapidamente as lágrimas e olhei para a moça parada em minha frente. Nunca havia reparado em sua beleza diferente. E não digo "diferente" por causa de seus cabelos ruivos naturais, mas sim por sua pele mais leitosa que a minha, seu rosto repleto de sardas e suas orelhas que tentavam escapar por entre os fios de cobre. - Está tudo bem com ela?

- Calma - Sua voz saiu doce por entre seus lábios um pouco finos. - Tome um pouco de água, você está mais branca que o normal – Lívia esticou um copo em minha mão. Olhei para o mesmo e, em seguida, fitei a moça, que apenas sorriu de forma reconfortante. Então, peguei e levei direto para minha boca, dando dois grandes goles. A água desceu com certa ardência no início, mas logo passou a anestesiar a dor da sede que mal havia percebido que tinha.

- Obrigada – Agradeci, tomando mais um gole. – Como ela está? Já posso vê-la?

- Não, ainda não, mas em breve sim – Uma pontada de decepção veio em cheio, me deixando visivelmente triste. Eu queria tanto olhar naqueles olhos novamente, queria tanto poder dizer a ela que tudo está bem. – Mas fique tranquila, Camila está em boas mãos... - Sua mão tocou meu braço, fazendo um leve afago. - Por que não liga para mais alguém? Pelo que me lembro, essa sala vivia cheia de visitas para ela. Vão gostar de saber.

- Meu Deus! – Espalmei a testa – Me esqueci, tenho que ligar para todos!

- Faça isso, agora tenho que voltar para ver como sua amiga está – Lívia sorriu apoiando sua mão em minha coxa para se levantar – Venho lhe chamar quando ela estiver pronta para receber visitas.

Apenas assenti e observei a jovem enfermeira entrando novamente no quarto. Soltei o ar que prendia, sentindo um alívio no peito. Agora mais calma, já não tremia quando peguei o celular e cliquei no contato de Dinah. Levei o aparelho até o ouvido, estava chamando, no quinto toque estava prestes a desistir, quando a voz rouca de Dinah saiu do outro lado da linha.

.: Quem me incomoda a essa hora? - Ao ouvir a voz da loira, meu peito se encheu de alegria e minha garganta doeu pelo nó que se formou.

.: Dinah? – Perguntei com a voz embargada.

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