Ezio precisava ir para casa, então me despedi dele, com um beijo e um abraço demorado.
Meu pai me levou para casa, desceu do carro, beijou minha testa, e disse que me amava, depois que entrei em casa, ele foi para sua viajem.
Me olhei nos espelhos da sala de visitas, meus olhos estavam inchados, vermelhos, e eu parecia exausta.
Quando vejo o espelho paralelo pelo espelho direito, me deparo com uma imagem minha, de preto, ajoelhada e chorando ao lado de uma garota, deitada no chão. Ela se levanta e tira uma faca da mochila, depois, se multila nos pulsos. Fiquei apavorada, então saí dalí. Olho para minhas mãos, mas algo me chama mais atenção, meus pulsos estão sangrando, como os da garota no espelho. Tirei as faixas das mãos o mais rápido possível e as coloquei no pulso, os cortes das mãos não haviam cicatrizado, e como eu não queria que mais ninguém soubesse do que estava acontecendo, peguei um par de luvas de couro e as coloquei, lavei os pulsos, que estavam ardendo, soltei alguns gemidos silenciosos. Depois sentei no sofá e peguei o diário e comecei a pensar nas primeiras linhas da página...
" Os dias não estão sendo nada fáceis, e eu só quero deitar na cama e chorar, me isolar de tudo e de todos. Sem minha mãe, minha irmã e meu pai em casa eu fico incompleta, mas tenho que aprender a lidar com isso, afinal, será assim por um bom tempo..."
Sou interrompida quando um Colibri entra pela janela e vem em minha direção, voando ao meu redor. Pousa sobre meu ombro e sussurra:
-Você não está sozinha, eu estou aqui.
- Mas você é um colibri
- Talvez - Ele voa novamente, e, bem em minha frente, uma luz forte surge dele, tão forte que tive de proteger os olhos com as mãos. O colibri se tornou um garoto que deveria ter por volta de 17 ou 18 anos, com asas grandes e brancas, cintilantes... - ainda acha que sou só um Colibri? - ele diz, com uma voz meiga, depois sorri.
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Enquanto Eu Ficar
FantasyTudo bem se tudo acabar amanhã, de hoje para amanhã é muito pouco. E sim, de todo pouco existe um universo. Existe um infinito entre hoje e amanhã. Viveremos hoje, somos tão jovens e tolos, sonhadores, como crianças inocentes deitadas em narcisos. V...