James

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07 de dezembro de 2014

James Hernandes.

Olho para a janela de minha limusine quando se movimenta vagarosamente pelas ruas congestionadas do Rio de Janeiro. Apesar de ser preferível não chamar atenção pelo carro, prefiro viver da minha maneira tendo a certeza que a polícia local é mais falsa que um nota de 3 reais. Quantos policias já foram corrompidos por míseros mil reais?

Chego no Complexo do Alemão e avisto Xopá no alto do morro com uma metralhadora na mão, depois eu que quero me exibir. A porta do carro é aberta e saio fechando o botão do meio de meu paletó, sempre gosto de tratar de negócios muito bem vestido. Ando normalmente até meu cliente e o sigo para dentro de sua mansão.

A casa, como já muito conhecida por mim, está toda bagunçada e cheia de sujeira pelo chão. Olho ao redor e me deparo com várias garrafas e diversas roupas em todos os móveis da casa.

-Festinha ontem - ele fala, provavelmente vendo minha cara de reprovação para o que se encontra ao nosso redor.

-Posso perceber que a noite foi boa - vejo alguns pacotes de camisinhas jogadas pelo chão.

-Com certeza.

Nos sentamos na mesa de vidro no meio da sala e começamos nossas negociações, estou vendendo certa de 100 armas e 30 quilos de maconha. Xopá é um dos meus maiores clientes perante as favelas do Rio de Janeiro, nada como ter boa influência.

-O dinheiro será retirado nas primeiras horas do dia - ele fala enquanto me acompanha até a porta - Tem certeza que não quer participar da festa na quadra?

-Sem querer ofender, mas acho que o nível de mulher que desejo não se encontra aqui. - sorrio de lado e saio antes que ele possa falar alguma coisa.

A limusine anda em direção ao Leblon, uma famosa casa de festa de Nova Iorque está abrindo na cidade e fui convidado como presença ilustre. Tenho clientes de todo tipo, começando na favela e acabando nas altas classes sociais da América.

-Como andam as coisas? - pergunto pra Arton, o chefe de segurança.

-Tudo está tranquilo, senhor - ele para ao meu lado olhando a pista de dança lá embaixo - Já tenho cerca de 5 mulheres para apresenta-lo.

-Depois... Quero beber um pouco e descansar minha mente alguns segundos - me sento no grande sofá preto e fico olhando para o outro lado do camarote. Algumas mulheres passam despercebidas por mim, mas uma acaba chamando minha atenção pela jeito que o vestido marca suas costas e bunda.

Após beber meu copo de uísque decido me levantar e sou acompanhado por quatro seguranças apaisana, deixo apenas Arton e outro andando pela festa para certificar que está tudo em ordem. Ando pelo camarote até que a encontro de costas pedindo algo no bar. Sorrio levemente imaginando sua bunda vermelha após levar alguns sessões prazerosas de sexo e tapas.

-Boa noite - falo perto de seu ouvido e percebo que se assusta.

-Boa noite - me olha rapidamente e volta sua atenção para o barman.

-Posso saber se está acompanhada? - sinto a arma embaixo de meu terno e já preparo para atirar na cabeça de qualquer filho da puta que me impeça de tê-la em minha cama.

-Não. - fala rapidamente cortando qualquer clima que queira criar.

-Não pode falar ou não está acompanhada? - pergunto me sentando ao seu lado.

-Pode dizer o que quer? - ela se vira e na mesma hora exalo seu doce perfume. Meu olhos varrem seu rosto, mas rapidamente param no seu profundo decote.

24 horasWhere stories live. Discover now