Capítulo Nove

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Olá pessoal.

Mais um capítulo desse romance que está me deixando apaixonada. Beijos JFB Bauer


Capítulo Nove

Alguns dias se passaram. O forasteiro e sua colega de trabalho tentavam conviver pacificamente. Nenhum dos dois comentou sobre a conversa que tiveram quando a garota confessara seus sentimentos. Não falavam sobre o assunto, mas isso não queria dizer que não pensassem sobre ele.

Naqueles dias a pequena cidade foi tomada pela tensão quando o noticiário relatara sobre a possível passagem de um furacão sobre o litoral da Carolina do Sul. Não era comum aquele tipo de fenômeno no outono, mesmo assim, os meteorologistas estavam convictos de que a tempestade era de grande intensidade.

Todos começaram a se preparar para o temido fenômeno da natureza. Pregavam tabuas nas janelas e portas das casas e estocavam alimentos para passar pelas próximas horas.

A tempestade chegou ao escurecer da segunda-feira. E atingiu a cidade durante toda a noite. Na casa que alugara Alex estava bem protegido, mas passou a noite em claro preocupado com aqueles por quem desenvolvera afeto. Peter, Nina, e, principalmente, por certa garota de cabelos longos e claros.

No dia seguinte, ao ir até o centro da cidade ficou a par da destruição. Muitas casas e lojas do comércio haviam ficado danificadas e o município estava sem energia elétrica e telefone.

Começou então um mutirão para ajudar na reconstrução. Todos ajudavam.

Sem querer que soubessem, o forasteiro foi até a prefeitura local entregado uma grande soma em dinheiro para ajudar, pedindo ao prefeito que não revelasse ser ele o benfeitor. Também se compadeceu da situação de dona Judith. A cordial senhora, que foi a primeira pessoa a recebê-lo na cidade, havia tido sua pequena pousada totalmente destruída. Logo, ele decidiu ajudar a pobre mulher. Todavia mesmo ele pedindo para que aquilo ficasse em segredo dona Judith não se conteve. Emocionada e agradecida disse a todos que o forasteiro era o anjo que ajudou.

Dias depois a cidade voltava ao normal e as pessoas seguiam com suas vidas.

No pub local, o movimento era intenso. Todos queriam beber para comemorar a reconstrução bem sucedida. Alex fazia uma bela apresentação cantando "Wish you were here, Pink Floyd". Mantinha os olhos fechados e cantava derramando emoção. Todos no pub cantavam juntos fazendo um coro bonito. A musica tocava fundo na alma do forasteiro. Ouviu os aplausos antes mesmo de abrir os olhos e quando o fez o sangue gelou em suas veias. A sua frente segurando uma cerveja e sorrindo amplamente estava Charles Brett.

Firmou o olhar no amigo e nem soube como se levantou deixando o violão de lado e saindo o mais rápido que conseguia.

Seguiu em direção a sua moto. Iria embora. Depois daria um jeito de explicar a Peter.

- Oliver! - ouviu a voz de Charles gritar por seu nome. Não! Aquele não era mais seu nome.

- Oliver?

Sentiu que o rapaz se aproximava.

- Deve estar me confundido, cara, este não é o meu nome - respondeu sem deixar de caminhar.

- Deixa de bobeira, eu sei que é você - Charles disse o seguindo.

Naquele instante o forasteiro percebeu que não adiantava fugir. Virou-se encarando o rapaz que foi seu grande amigo por quase toda a sua vida.

- Não sou mais Oliver Hunter, Charles. Ele morreu há seis anos.

- Cara, não quero ser um maricas, mas eu estava com saudade de você. Você sumiu. Ninguém sabia de você. Seus pais... Ninguém.

O Primeiro ForasteiroWhere stories live. Discover now