O Primeiro Forasteiro

Capítulo Dezesseis

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Capítulo Dezesseis

Assim que Peter o viu entrar no Pub abriu um imenso sorriso.

— Eu jurava que nunca mais iria ver essa sua cara feia — disse divertido. — Mas fico feliz em vê-lo. Vendi menos drinques depois que saiu. As meninas só queria saber "onde está o forasteiro?" — fez uma imitação grotesca de voz feminina. — Então, espero que sua aparição aqui seja para implorar pelo emprego de volta.

Alex riu.

— Preciso implorar?

— Porra! Claro que não Brother! — riu. — Seja bem vindo de volta. Hoje à noite você poderia cantar uma daquelas canções que faz quase todas as garotas jogarem as calcinhas em cima de você. Sabe que quando se apresenta me faz ganhar uma boa grana quando elas vão para o bar onde o forasteiro as atende.

— Eu gostaria de ajudá-lo, mas não esta noite. Quero voltar a trabalhar, mas não hoje e queria que liberasse Amanda também...

Peter apenas olhou para Alex sem nada dizer.

— Vamos sair esta noite — acrescentou.

— Acho que perdi algo. Amanda não estava saindo com Charles que vem a ser seu amigo?

Foi a vez de Alex permanecer em silêncio.

— Cara! Eu sempre achei que você era a fim dela. Finalmente resolveu tomar uma atitude. Bom pra você. Amanda é demais!

— Sim, ela é.

— Cara isso está me cheirando a paixão.

E por que negar? Pensou Alex, estava apaixonado mesmo. Resolvera se dar uma chance de tentar ser feliz.

— É paixão sim, Peter, — assumiu — assim como é a sua pela Nina.

— Ei! Não vem misturar as coisas. Eu e Nina... eu e ela... somos...

O forasteiro riu do quanto Peter tentava negar seus sentimentos pela baixinha de cabelos curtos.

— Não é nada disso... é complicado — o dono do bar tentou explicar.

Enquanto voltava para casa o forasteiro se sentiu leve como há muito não se sentia. Estava animado para o encontro de logo mais a noite. Já havia saído pela manhã e organizado tudo, esperava que Amanda gostasse do que ele preparou.

Concentrado, não percebeu a grande caminhonete estacionada em frente a casa em que residia. Apenas quando estacionou foi que viu Charles escorado junto ao carro.

Desceu da moto e pegou as compras que tinha feito antes de ir falar com Peter.

— Charles.

— Olá, Oli... Alex. Será que podemos conversar?

O forasteiro percebeu o jeito sério do amigo. O assunto com certeza era Amanda.

— É claro. Vamos entrar.

O advogado o seguiu. Alex colocou as compras em cima do balcão da cozinha.

— Quer beber algo? Eu não tenho cerveja...

Charles levantou a mão o impedido de falar.

— Não... estou bem... Eu vou pegar a estrada agora.

— Está indo embora.

— Sim... é natural já que... — o rapaz hesitou. — Bom, você já deve saber que eu e Amanda...