Capítulo Treze

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Capítulo Treze

Mesmo ainda afetada pela raiva que sentia Amanda se agarrou a ele assim que sentiu os lábios dele sobre os seus.

Já haviam se beijado antes, mas aquilo em nada se parecia com o beijo de antes. O gosto dela ia se misturando ao dele como se um não soubesse onde o outro terminava. Eram beijos impetuosos e até grosseiros de certa forma, porém nenhum dos dois se importava. A paixão explosiva que os consumia nublava qualquer sentido.

Alex a arrastou para o sofá a prendendo com seu corpo. As mãos ansiosas dos dois se tocavam. O forasteiro se pressionou contra Amanda fazendo que ela notasse como ele a desejava. Em resposta a moça arqueou o corpo para receber mais prazer ao sentir o corpo dele apertando o seu em lugares que ela mais precisava dele.

A camiseta dele saiu tão logo a blusa que ela usava fora descartada. Os dois continuaram com as caricias, com ele sem camisa e ela apenas com seu singelo sutiã branco de renda.

A garota suspirou de olhos fechados sentindo os beijos do forasteiro sobre sua pele. Leves beijos sobre o pescoço alvo. Em seguida descendo pelos ombros. A mão, não machucada do rapaz, seguiu pela coxa dela se infiltrando sob a saia jeans que usava a tocando intimamente por cima da calcinha.

Amada estremeceu, era a primeira vez que um homem a tocava daquela forma, porém ela não sentiu receio ou medo, pois era Alex. Ela o amava e o queria. Sim! Iria se entregar a ele ali. Não havia planejado aquilo, estava com raiva dele, mas acima disso queria ser dele.

A sensação dos dedos grossos tocando sua pele nua diretamente, quando ele afastou o pequeno tecido rendado, a fez abrir os olhos e segurar a mão dele.

Os dois se fitaram intensamente, havia algo de mágico naquele momento.

— Eu quero muito, mas é a minha primeira vez... — revelou acanhada.

E foram essas palavras que fizeram o forasteiro se retrair.

— Merda!

Ele se afastou dela e do sofá rapidamente como se houvesse se dado conta, somente agora, do que estava acontecendo.

Amanda fechou os olhos pensando consigo: De novo não! Ela se sentou no sofá ajeitando a saia e pegando a blusa no chão, vestindo-a. Observou que ele estava de costas para ela olhando a grande parede de vidro que mostrava a imagem do mar.

Ele ainda estava sem camisa. Lindo! Criou coragem para falar:

— Alex...

— Por favor, Amanda, é melhor você ir embora.

Não! Por favor, Alex, não faça isso.

Levantou-se irritada.

— Por quê? Por que tenho que ir embora? Por que você não responde as minhas perguntas?... quero saber por que machucou a sua mão?

Ela estava decidida a não ceder dessa vez. Precisava entender aquele homem ou enlouqueceria.

O forasteiro se virou de frente, o semblante transtornado o que fez Amanda recuar um passo.

— Quer saber por que me machuco socando a parede feito um lunático? — cuspiu a pergunta. — Quer saber por que fiz isso ao ponto de quebrar a mão? Foi por sua causa! — revelou. — Eu queria apenas mais um lugar para morar. Para viver a porra da minha vida em um lugar tranquilo, consumido pela culpa pelas coisas que fiz no passado, mas desde que conheci você passei a desejar outras coisas, coisas que eu não tenho o direito de querer. Porra! Passei a querer você!

Após aquele jorro verbal os dois ficaram em silêncio, se olhando. Devagar, quase em câmera lenta Amanda foi se aproximando. Andava tão devagar que chegava a ser demasiado lento, contudo tinha de ser assim, pois tinha medo de assustá-lo. Mas continuou firme sem tirar os olhos dos dele.

O Primeiro ForasteiroDonde viven las historias. Descúbrelo ahora