Ressurgente

CAPITULO 22 - Tris

Após terminar minha conversa com John, decido ir até meu quarto arrumar as coisas e partir o mais rápido possível. Chegou o dia, a hora mais esperada. Irei finalmente ir embora daqui!

Passo ligeira pelo corredor a fim de não ser notada por ninguém.

Entro no quarto, pego uma mochila que encontro no chão, ao lado da minha cama. Ponho algumas mudas de roupa, pois não sei para onde vou, então posso precisar delas. Ponho uma garrafa de água e alguns enlatados que Lia havia me dado.

Tudo pronto, mas ainda preciso encontrar Benjamim pra que ele me leve até a sala de armas e me ajude a tirar John do exílio.
Antes de sair totalmente do quarto, olho para os dois lados para ver se alguém está vindo, quando concluo que não há ninguém, me apresso rapidamente em sair.

Após passar por dois corredores, chego finalmente até o quarto de Benjamim e bato em sua porta, não demoram cinco minutos até que ele apareça. Pulo em seu colo, dando-lhe um longo e caloroso abraço.

__ Tris? O que foi? Aconteceu alguma coisa? - ele pergunta, olhando em meus olhos.

__ Mais ou menos.

__ Mais ou menos? Hmm, e essa mochila ai? - ele pergunta, apontando pra mochila em minhas costas.

__ É uma longa história, mas irei resumir pra você e fique logo sabendo que preciso de sua ajuda.

__ Isso não tá cheirando nada bem.

__ Fique tranquilo, Benjamim, só me ajude, por favor!? - suplico. ele me olha por alguns instantes e então quebra o silêncio.

__ É claro que te ajudo! - ele me lança um sorriso.

__ Ai, sabia que podia contar com você! - lhe dou outro forte abraço.

__ Vem, entra. - diz ele, me dando espaço para passar. Entramos, fechando a porta atrás de nós.
__ Então? Vai começar a me contar o que está acontecendo?

__ Bom, como eu disse, é uma longa história, mas vou resumi-la em pontos mais importantes. Como já sabia, fui visitar o Dr. Collins no exílio, nós conversamos bastante e ele me contou coisas de sua vida que explicam tal comportamento muita das vezes vindos dele. Eu entendi o que ele estava querendo dizer e cheguei a conclusão de que John não é uma pessoa ruim, pelo contrário, ele é bom, mas as circunstâncias e o sofrimento sofrido por toda sua vida o fizeram virar algo de que ele nunca se orgulhou muito. John me disse que uma grande guerra está prestes a ser travada, os outros Departamentos querem nos atacar, pois como sabemos, nosso Departamento é o único que ainda possui armas e soros importantíssimos desde a última guerra. Além disso, eles querem a mim! John disse para nos prepararmos, ele pediu que eu fosse até a sala de armas e pegasse algumas para que me seja útil na hora da fuga, e disse que você pode me ajudar com isso, você pode me ajudar a encontrar a sala!

__ Mas você já foi lá antes, não se lembra?

__ Não, não me lembro. Por isso preciso de você, você disse que ia me ajudar!

__ Esta bem, ajudo você!

__ Muito obrigado! - dou um pequeno suspiro, aliviada.

__ Então, quando quer ir até a sala de armas?

__ Agora!

__ Agora!?

__ Sim, agora! John disse que não podemos mais perder tempo.

__ Ok, vou pegar algumas coisas e em alguns minutos estaremos prontos para sair.
- ele diz, virando-se para arrumar suas coisas.

__ Benjamim! - seguro seu braço.