0.8 Belong

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Louis empurrou Harry até que ele estivesse sentado na beirada da cama.

— Eu posso...? — começou, se remexendo mas sem sair do lugar, e se sentindo estranhamente tímido para concluir a frase.

— Você sabe que pode. — respondeu Harry, sem vacilar.

— Não diz isso, você nem sabe o que é.

— Mas é a verdade, daddy deixa você fazer o que quiser, hm?

Ele assentiu, toda a segurança que sentia no andar de baixo tendo se esvaído quando entraram no quarto. Sem dizer mais nada, se adiantou até estar de pé entre as pernas de Harry, que já levantava o braço para tocá-lo quando foi surpreendido pelo garoto caindo de joelhos.

Apesar da aparência de twink, Louis raramente chupava alguém. Sempre achara aqueles buracos nas divisórias de banheiros absolutamente nojentas, não gostava da sensação de insegurança de se ajoelhar no canto de uma boate escura lhe dava, e os relacionamentos que tivera por alguma razão não incluíam muito sexo oral — e nem se podia culpar a bunda dele por isso, já que geralmente era ativo, e só com Harry tinha aceitado ser manuseado, dedado, dobrado e fodido daquela forma — o que o deixava trêmulo enquanto estendia as mãos e começava a puxar o cós da calça do outro.

— Lou... — ouviu Harry suspirar. Deslizou a língua pelo comprimento dele, provando e se acostumando. Harry era tão bom com a boca, Louis queria fazer ele se sentir tão bem quanto se sentia, mas com certeza não seria bom o suficiente. — Porra, Lou...

Experimentou colocar uma parte dentro da boca e os dedos de Harry se afundaram em seu cabelo, no primeiro momento o empurrando para baixo, mas então parando, como se ele não quisesse forçar Louis a fazer mais do que aguentava.

O garoto levantou os olhos ligeiramente úmidos, admirando Harry com o cabelo caindo na frente do rosto, respirando pesado enquanto gemia baixinho. Os olhares dos dois se encontraram e o homem levou uma mão até o rosto de Louis, que sentiu o pau dele estremecer onde descansava sobre sua língua.

— Você é tão lindo, babe... — ainda assim ele parecia distante, então Louis parou o que estava fazendo e o tirou da boca, fazendo um som desamparado quando Harry usou os dedos para partir o fio de saliva pendente entre seus lábios e o membro dele.

— Eu 'tô fazendo alguma coisa errado? — perguntou, e Harry fez que não, ainda acariciando seus lábios. Louis franziu o nariz. — Então por que você 'tá assim?

— Eu... — ele pareceu não saber como dizer o que estava pensando, então deu de ombros e tirou a camiseta, alcançando a barra do moletom de Louis e começando a puxar. — Lou, venha. Suba aqui, meu bem.

O garoto ficou de pé, descartando suas roupas e rapidamente empurrando Harry para o meio da cama, se esticando sobre ele, seus corpos se tocando da cabeça aos pés.

Era como se o mar de Gales ainda estivesse com eles, se chocando contra os penhascos da mesma forma como seus lábios se chocavam, encharcando a areia da mesma forma como um encharcava o outro de saliva, se beijando e tocando e deslizando um sobre o outro como ondas.

Louis foi puxado até que estivesse no colo de Harry, que estava sentado no meio da cama, abrindo a tampa do lubrificante. Logo pode sentir o toque úmido em sua entrada, se aninhando no pescoço do homem enquanto ele o penetrava com um dedo.

— Tudo bem?

— M-mais? — gemeu Louis, o pedido saindo como uma pergunta em consequência da bagunça de sentimentos e sensações em que se encontrava. Soluçou ao se sentir esticar em volta dos dedos do outro, cravando os dentes na pele pálida e salgada de suor dele. Tinha sentido tanta falta daquilo... — Ah, daddy... você é tão bom pra mim, tão bom...

My Heart Belongs to Daddy, My Soul Belongs to the Road ♥ L.S. AUWhere stories live. Discover now