1.0 Love You Like A Dream

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Louis desligou o motor e desceu do carro. Imediatamente, um grito animado de "Lou!" pôde ser ouvido.

— Shhhh! — ele exclamou, balançando as mãos. — O bebê 'tá dormindo.

Ele se ocupou de desprender o bebê-conforto no banco traseiro, onde dormia pacificamente uma criança de poucos meses, as mãozinhas se apertando em volta de um cobertor branco. Ele riu enquanto colocava o bebê na calçada e fechava a porta, porque Harry era absolutamente ridículo e tinha comprado uma Range Hover, ao invés de um carro de gente normal, porque mesmo sendo pai ele ainda era extravagante.

Louis deu um abraço com um braço só na mãe, enquanto com o outro segurava a alça do bebê-conforto, uma coisa de primeira linha, outra das extravagâncias de Harry, uma sensação de calma e alegria o inundando.

— E Harry? — perguntou Jay, se voltando para admirar a criança.

— Dando aula. — respondeu Louis, também olhando para o filho e a meio caminho tendo um relance da aliança na própria mão esquerda, o fazendo se sentir tonto de uma emoção pacífica e ao mesmo tempo tempestuosa que se apoderava se seu peito, o fazendo suspirar.

— Ele é tão lindo... — sussurrou Jay. — A boca parece um coraçãozinho...

— Ele também tem covinhas, que nem o pai. — Louis sorriu, fazendo menção de começar a andar em direção à porta da casa, mas parando ao ver Charlotte.

Ele abraçou a irmã, que lhe deu um beijo estalado na bochecha.

— Ainda não acredito que você casou com um professor, Lou. — ela riu. — Quem diria, a pessoa que mais filou aulas no colégio inteiro a marido de professor universitário.

Lottie falou aquilo sem malícia nenhuma, mas Louis sentiu uma pontada de pânico. Porque essa era a razão de Harry não estar ali, não era? Ele não tinha tempo de conhecer a família de uma pessoa preguiçosa e inútil como Louis, e com certeza ele só estava esperando o bebê ficar maior, mais independente, para se livrar de Louis para sempre, porque o que Louis tinha a oferecer para eles dois?

Ele olhou para o bebê de novo, que estava abrindo os olhos lentamente, as íris verdes o encarando daquele jeito sério e concentrado idêntico ao de Harry. Porque o bebê era de Harry, e Louis nunca seria mais do que uma babá glorificada.

Olhando para cima ele se deparou com o rosto da mãe, que o olhava apertando os lábios, com certeza sabendo que não demoraria muito para Louis fugir e deixar aquele bebê para trás, como ele tinha feito com ela e as irmãs.

O bebê começou a chorar, e Louis queria pegar ele nos braços e reconfortar a criaturinha, mas mesmo chorando os olhos verdes da criança ainda o encaravam fixamente, e Louis implorava silenciosamente que ele o perdoasse por ser um incompetente que tinha feito todas as escolhas erradas na vida e nunca poderia ser pai.

Louis acordou de repente, o choro do bebê ainda soando claro em seus ouvidos. Tentou se sentar na cama, mas os braços de Harry o seguravam no lugar, então ele se limitou a esfregar as mãos no rosto, apavorado. Não conseguia decidir qual era a parte mais assustadora do sonho que acabara de ter, mas independentemente, não conseguia tirar de si a sensação de tristeza.

Se desemaranhou cuidadosamente de Harry e levantou da cama, caminhando para a cômoda ao lado da porta. Abriu a primeira gaveta e tirou de lá um envelope branco, uma carteira de cigarros e um isqueiro. Depositou o envelope na mesa de cabeceira ao lado do celular de Harry, e levou os dois outros itens para a sala, onde abriu uma janela e acendeu um cigarro.

Cerca de meia hora — e três cigarros — depois, Harry emergiu do quarto, ainda nu, e o abraçou pela cintura.

— Não sabia que você fumava. — comentou casualmente.

— Não muito. Ultimamente um pouco mais. — respondeu, se controlando para não morder a ponta do filtro.

— Você nunca fumou quando está comigo.

— Eu imaginei que você não ia gostar.

— Eu não ligo. — o homem deu de ombros.

Louis assentiu silenciosamente, se arrepiando ao sentir Harry beijar seu pescoço.

— E aquilo...

— Eu fiz exame de rotina, e achei que você ia... gostar de saber... que eu 'tô limpo. — Harry não disse nada em resposta, e nem se moveu. — Se você quiser fazer... sem.

— Você quer?

O garoto apagou o cigarro no cinzeiro que ficava na mesinha ao lado da janela, olhando para as janelas do prédio em frente. Depois assentiu.

— Você quer que eu te dobre por cima dessa mesa e te foda, baby, ou você quer ir para o sofá? — disse Harry num tom completamente normal, tirando uma das mãos da cintura de Louis e levando para a bunda dele. — Nem precisa de preparação...

A mudança foi tão brusca que Louis se sentiu tonto, e precisou suspirar, o que o fez lembrar do sonho. Sem dizer mais nada ele se virou e empurrou Harry sentado no sofá, se ajoelhando e colocando o pau já a meio mastro dele na boca, até que estivesse duro o suficiente.

Quando isso aconteceu, ele se levantou e montou no colo de Harry, que apesar do que tinha dito antes ainda levou dois dedos até a entrada do garoto, os movimentando enquanto eles se beijavam. Louis sabia que não tinha escovado os dentes, que devia estar com gosto de cigarro, mas Harry só parou o beijo quando foi puxado para longe pelos cabelos, Louis se sentindo no limite só com a sensação das mãos do homem na sua pele e da língua dele deslizando contra a sua.

Alcançando atrás de si ele guiou a ereção de Harry até sua entrada, deslizando lentamente para baixo, testando a sensação. A ausência da barreira entre eles, menos lubrificação do que o usual, a expressão no rosto de Harry que tinha os olhos fechados e os lábios entreabertos. Louis nunca tinha transado sem camisinha antes, nunca tinha sentido a confiança necessária pra isso com outro parceiro.

Harry levantou o rosto, ainda de olhos fechados, procurando cegamente por um beijo. Louis conectou seus lábios, engolindo os gemidos que eles davam, pontuando cada movimento dos próprios quadris com um afirmação silenciosa.

Eu me apaixonei por você.

Eu quero casar com você.

Eu quero ter filhos com você.

Eu sei que nunca vou ser suficiente.

Eu quero ter você pra sempre.

Eu sei que você não me ama.

Eu amo você.

Eu.

Amo.

Você.

Até que Harry gozou, afundando os dedos na carne da bunda no garoto como ele gostava, empurrando Louis para o próprio orgasmo, que ele abafou contra os cabelos do homem, deixando a sensação da porra de Harry escorrendo dentro de si o ancorar no presente, onde ele acreditava que ainda tinha algum valor para aquele homem.


Nota: E isto, meus amigos, é o que acontece quando em uma noite você sonha que vai casar, e na noite seguinte que teve um bebê. Sonhos são inspiradores. Espero que ninguém tenha morrido de susto.

Muito obrigada pelos votos, comentários e mensagens no meu mural, eu A D O R O vocês!

Obrigada para a beta oldirectioner , como sempre, essa deusa da paciência.

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xxx

Lua

My Heart Belongs to Daddy, My Soul Belongs to the Road ♥ L.S. AUWhere stories live. Discover now