Chapter I

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O pássaro que você pensou em surpreender
bateu as asas e voou...
O amor está longe, você espera e espera
e quando você não espera mais por ele, ele está lá!
Ao seu redor, depressa, tão depressa
ele vem e vai,  então volta novamente.
Você acha que o pegou, ele escapa de você;
você acha que está livre, ele captura você.

/\

O metrô é sempre tumultuado no inverno, quando a neblina da luz amarela das ruas de Londres é muito fraca para levantar o nevoeiro na Chilworth Mews e não há nada para fazer a não ser tremer, a respiração molhada esquentando seu cachecol e embaçando seu óculos enquanto você caminha para os degraus lisos e sujos da Estação Paddington segurando uma caixa de violino em seu peito às 6 da manhã. É absolutamente miserável, e meio bonito.

Louis Tomlinson não conseguia ver nessa manhã em particular. Seus membros doíam de sono e as pontas de seus dedos estavam com frieiras pelo frio. Elas coçavam enquanto ele descia para o calor úmido de Paddington, todas as paredes ecoando e o leve cheiro de mijo, uma pequena nota em um tom de poema dissonante da humanidade já acordada e apressando-se para os trabalhos na cidade. Ele apressadamente limpou a bruma do seu óculos enquanto toca seu cartão Oyster no leitor e tropeça através da catraca, levantando seu violino protetoramente para empurrar a barra de metal pesada com seu quadril.

Um pequeno estande de café estava fazendo bons negócios para baixo do túnel da plataforma. Louis sorri gratamente para o vendedor enquanto deixou 90 centavos no balcão com um satisfatório, tilintar musical e aceitou uma xícara de isopor cheia com líquido quente preto. Ele virou para pegar seu trem.

"Troco?" O vendedor chamou ele, segurando uma moeda brilhante de 5 centavos entre seus dedos encardidos.

"Nunca," Louis brincou, e reuniu energia para jogar ao homem um piscar enquanto ia para a plataforma.

O Hammersmith & City das 6:14 estava na hora certa. Louis entrou em um vagão e sentou com um braço em volta de seu violino, o abraçando ao seu lado enquanto tomava seu café e olhava em volta aos seus companheiros de viagem. Havia uma mulher cansada em um casaco desbotado lavanda, tirando uma mancha na bochecha de seu bebê irritado. Eles estavam discordantes, obviamente. A harmonia de todos os dias que serpenteava através da melodia estável do trem e expressava todas essas pequenas frustrações, os passos laterais na marcha estável da vida. Come 'ere love. You come 'ere now. Havia também um grande homem, franzindo enquanto folhava através do Financial Times. Louis adiciona um baixo suspiro -- down, down, down -- por baixo da batida alegre, notas rítmicas da melodia, um tremolo toda vez que uma página do jornal tremia. Uma jovem mulher, provavelmente uma estudante, olhando fixamente para fora da janela escura do trem nos clarões de eletricidade, sonhando ou encarando seu próprio reflexo. Ela cantou um tentativo descante na cabeça de Louis, a única nota de esperança dessa manhã.

Something's coming; something's coming....

Come 'ere, love.

Down, down, down.

Era tudo uma confusão horrível. Louis franziu, olhando para as escórias de grânulos de sua xícara, rachando a borda dela de isopor com sua unha do polegar. Aumentando a rachadura, deixando pequenos confetes brancos caírem em flocos no seu casaco. Algumas manhãs seu joguinho rendia resultados. Louis chegaria ao ensaio entusiasmado, repetições do trem correndo através de sua cabeça, seus dedos espasmando para traduzir notas no documento de trabalho.

Nada era bom o suficiente, no entanto. Especialmente, não ultimamente, sob o opressivo céu invernal que embalou Londres em algodões sujos por meses, abafando todos os pensamentos penetrantes na cabeça de Louis. Deixando nada a não ser o uivo do vento vazio através das ruas frias. Cordas guinchando.

love is a rebellious bird ➤ portuguese versionWhere stories live. Discover now