Chapter XVI

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se preparem, viu! e não esqueçam de votar, por favorzinho. boa leitura

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Harry começou a trabalhar limpando seu escritório na St. Luke's primeiro. Ele teria preferido o contrário, mas ele tinha reuniões com membros do conselho amanhã e no dia seguinte para discutir seu mandato, e seu escritório no Barbican tinha menos do que Niall chamava de "um aroma." Fora que as cadeiras eram supostamente mais confortáveis. Harry achou que isso estava em debate, mas ele sabia que era melhor receber as pessoas lá, na verdade; era mais digno.

"Eu gosto do cheiro daqui," ele resmungou para si mesmo enquanto limpava sem entusiasmo as gavetas de sua mesa. "Não é mais tão ruim, de qualquer jeito."

O cômodo estava um pouco menos abafado desde que ele e Louis começaram usá-lo para o encontro sexual ocasional. Harry sempre abria a janelinha estúpida depois para arejar o local. De alguma forma, a atmosfera ao redor da mesa ainda parecia ser composta de trinta por cento de pó de giz.

Harry riu, fechando a gaveta vazia de sua mesa. Cerca de duas semanas atrás, Louis havia o perseguido ao redor da mesa enquanto ria loucamente e aplaudia os dois apagadores do quadro-negro. Provavelmente foi por isso. Harry fez com que Louis parasse, caindo de repente na cadeira em uma volta ao redor da mesa e puxando-o rapidamente para seu colo. Eles tiveram que arejar o escritório cerca de quinze minutos depois, mas a nuvem de pó de giz permaneceu teimosamente.

Ele passou a limpar os livros das prateleiras a seguir, jogando-os aleatoriamente em uma grande caixa de papelão que ele conseguiu trazer. Harry franziu o cenho para ela, percebendo que ele nunca a levaria para casa de metrô. A ideia de enfiar tudo em um táxi parecia uma dor; talvez ele conseguisse que Niall o levasse para casa no Astra.

Harry passou uma mão por seu cabelo, pausando por um minuto para olhar ao redor e tentar avaliar quanto trabalho ainda faltava fazer. Era uma quantidade deprimente grande. O suficiente para sentir vontade de desistir completamente ao invés de começar de verdade. O fascinou quantas coisas ele conseguiu acumular no cômodo nos últimos dois meses e meio sem que ele percebesse. Ele não conseguia se lembrar de ter trazido mais de uma pequena caixa de livros, mas agora eles estavam por toda a parte, alguns até no chão, empilhados ao lado de pilhas de seus velhos cadernos espirais. Haviam quatro plantas ao longo do peitoril da janela, todas em diferentes estados de decomposição, apenas três delas ele lembrava de ter comprado. Louis o provocava sobre elas diariamente, estava sempre dizendo que ele deveria ter comprado um cacto.

Louis. Harry sentia muita falta dele por ter passado apenas uma única noite separados. Ele suspirou, subitamente sentimental. Seu carinhoso miserável, ele pensou. Esse escritório era muito mais acolhedor do que o do Barbican; muito mais coisas aconteceram ali. Harry não queria deixá-lo, ainda não, mas ele faria as malas mesmo se a oferta da OSL fosse aprovada. As renovações de St. Luke's estavam quase finalizadas e Liam tinha um escritório mais sofisticado esperando por ele.

"Tem janelas, cara! Janelas! Plural!" disse Liam após a performance final na noite anterior. Ele claramente estava orgulho de si mesmo. Harry não teve coragem de rejeitá-lo, principalmente porque a confiança de Liam de que ele acabaria precisando do escritório havia empolgado seus ânimos.

"Pelo menos eu mal preciso te limpar, velho amigo," ele falou alto, dando uns tapinhas no armário enferrujado ao seu lado com um ar de resignação. Harry colocou um cotovelo nele e inclinou-se sobre, dando outro suspiro. Tudo o que ele colocou nele foram as partituras de Peter e o Lobo, que ele teve preguiça de levar de volta à biblioteca depois do concerto para as crianças. Ele nunca conseguiu abrir a gaveta de baixo.

love is a rebellious bird ➤ portuguese versionWhere stories live. Discover now