Capítulo 30

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Uns dias depois eu estava no hospital pra ver a Sophia, mas tive uma bela surpresa. Zayn estava lá.
-Ei Zayn! - Falei indo até ele. - Queria falar contigo.
-Não, eu queria falar contigo, por isso vim aqui. - Estranhei, mas apenas o puxei pra um canto em que poderíamos conversar.
-É sobre a Sarah?
-Com certeza é sobre ela. - Ele falou. Estremeci. - A verdade é que eu estou na maior dúvida do mundo! Eu não sei se gosto da Sarah ou da garota que estou ficando!
Minha expressão certamente expressava surpresa, mas deveria estar muito engraçada porque ele riu.
-Provavelmente da Sarah.
-Como pode ter tanta certeza? - Ele questionou quase falando alto.
-Se não gostasse dela não teria vindo aqui me ver. - Conclui dando de ombros. - Poderia ter ido até um dos garotos e falado dessa outra garota, mas você veio até mim que sou amiga dela. - Ele mordeu o lábio.
-Eu fiz muita merda com ela. – Assenti com a cabeça. - Não é deprimente pra você? - Arqueei a sobrancelha. - Vir todos os dias no hospital. Tem algo acontecendo com você?
-Tem sim, eu tenho uma ótima amiga aqui então tenho vindo ver ela todos os dias! - Falei séria. Ele se encolheu.
-Desculpa. - Sussurrou. - Mas você abortou recentemente... e estamos perto da ala dos bebês...
-Você está tentando me botar pra baixo? Qual o problema contigo? - Rosnei. Ele negou com a cabeça.
-Não, eu estou tentando entender como consegue estar perto de tantas coisas que deveriam te fazer mal e continuar tão brilhante que até mesmo eu que mal passo tempo contigo posso ver! - Sorri sem graça.
-É graças a uma coisa chamada amizade Zayn, eu amo meus amigos e eles me amam! Isso me ajuda muito mesmo quando eu estou no fundo do poço! - Ele resmungou e se jogou na poltrona.
-Eu tinha isso com a Sarah... ela sempre me ajudava...
-Zayn meu bem, você deveria ir atrás dela. - Falei cruzando os braços. - Agora.
-O que?
-Ou você prefere que eu chame ela aqui? - Ele se levantou de uma vez.
-Não! - Falou fazendo a enfermeira olhar pra ele de cara feia.
-Vá resolver as coisas com ela! - Ele resmungou, abaixou a cabeça e depois saiu.
Eu posso ter sido rude e mandona, mas não dá pra ser uma geléia com todo mundo dá? Até a Sophia concordou comigo! Principalmente porque ela ouviu a conversa toda...
Sim, estávamos no corredor do quarto dela, de propósito.
Sim, o Papai Noel vai me dar um monte de carvão no Natal. Eu sei.

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