Capítulo 2

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Uma pergunta tão fácil, tão óbvia e eu não consegui responder. E depois disso, eu mesma me fez outras perguntas como essa e novamente não consegui as respostas. O médico me explicou calmamente que eu havia perdido a memória e eu fiquei em silêncio, eu não me sentia bem em relação a isso, era tudo muito estranho. Aquela mulher, que soube que é minha mãe, saiu do quarto chorando e o homem foi atrás dela, o mesmo é meu pai. E eu não consigo me lembrar deles, mas se eu tentar novamente...

— Não se esforce. —O médico me pedi assim que me ver fazer uma careta de dor.

Levei a mão a cabeça, pois era ali que doía. E senti algo áspero, fui passando a mão por toda a extensão e constatei que ali era algum tipo de bandagem que cobria minha cabeça.

— Você passou por uma cirurgia na cabeça, devido ao  traumatismo craniano sofrido. — O médico começou a explicar.  — Sedamos você e colocamos em coma induzido para ver se você respondia melhor ao tratamento e como ver, obtivemos sucesso.

— O que aconteceu comigo ?

— Você sofreu um acidente de carro com seu irmão e como estava sem cinto foi arremessada para fora do carro e acabou batendo a cabeça fortemente. —  Disse e nem sabendo oque houve fui capaz de lembrar.

Ele pegou minha ficha que estava presa na cama e fez algumas anotações e continuava  a falar: — Você chegou aqui em estado grave, estava tendo uma hemorragia na cabeça....

— Tudo bem . — Interrompo ele não aguentando mais ouvir. Estava sentindo falta de ar, ir era muito informação pra mim. — Algum dia eu vou lembrar?

— É bem provável, mas não posso afirmar. Faremos uns exames primeiro em você.
— Colocou a ficha de volta no leito. — Agora descanse. — Falou e saiu do quarto me deixando sozinha e ultimamente sozinha é oque menos quero ficar.

Eu me questiono porque isso aconteceu comigo? É muito ruim viver em um mundo sem conhecer a si mesma, sem conhecer as pessoas ao seu redor. As minhas pálpebras estão ficando pesadas e sei que é o sono se aproximando, mas sinceramente eu não quero dormi. Agora que sei um pouco sobre mim, eu quero pensar um pouco e eu estava no carro com meus irmão, onde ele está?

Abro os olhos e me assusto ao ver aquelas pessoas de novo no quarto, três pares de olhos atentos em mim, e uma certa pessoa me chamou atenção, ao lado da mulher tem um menino que não tinha visto antes, ele sorri quando seus olhos se cruzam aos meus. Seu sorriso é lindo revelando covinhas fofas, seus olhos são verdes iguais aos da mulher.

— Ella! — Diz e se aproximou rapidamente, ele me abraçou e me sinto tensa ,e ele logo se afasta. — Graças a Deus que você está bem, não me perdoaria se você tivesse morrido comigo ao volante.

— Nicolas! —Parece que a mulher o repreende e ele olha de um jeito engraçado pra ela, e eu rio.

— Você é o meu irmão? — Perguntei e eles ficam surpresos e posso ver em suas feições esperança. — Eu não lembro. — Esclareço e eles voltam a suas expressões de tristeza. — O médico disse que eu estava com meu irmão no carro.

— Como isso é possivel , você sabe falar e tudo, mas não lembra da gente. — Ele perguntou visivelmente admirado.

— O médico nos explicou. O estado da amnésia não é profundo tão que ela até esqueceria o modo de andar e falar. — O homem que é meu pai explica.  — Só afetou por cima, como esquecer coisas sobre ela.

— A gente vai te ajudar e responder tudo que queira saber. Eu me chamo Dalva sua mãe e ele César seu pai. E como você já sabe aquele é Nicolas seu irmão.

— O mais lindo da família.
— Ele disse sorrindo convencido.

Eu gostei desse garoto, sinto uma certa simpatia por ele. Dalva e César são meus pais, mas não sinto sentimentos ou nada parecido por eles. Eu estou com medo, pois sei que quando tiver alta vou para casa deles. E morar com pessoas que não conheço e nunca vir na vida é apavorante, porque eu sei que eles são confiáveis, mas eu não sinto confiança neles.

Então Eu Acordei ( Concluído )Where stories live. Discover now