Capítulo 7

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O que vocês me pedem que eu não faço? Está aqui outro capítulo hoje. Espero que gostem e quero agradecer por todos os votos e comentários.

Nicolas estava na cama com uma garota por cima dele, desviei meu olhar sentindo vontade de vomitar, nunca mais vou olhar meu irmão com os mesmos olhos.

— Nicolas! — Chamo, ele senta surpreso em mim ver. Começa a sorrir, e empurra a garota fazendo ela sair de cima dele.

Pega uma coberta e se embrulha rapidamente levantando da cama. A garota se encolhi, uma loira falsificada que posso ver a tinta do seu cabelo saindo, ela me olha sorrindo. Vejo que é a mesma que meu irmão estava beijando ontem no Luaul.

— Tinha que trazer pra casa?
— Pergunto, cruzando os braços. Franzi a boca sentindo nojo, eu não acredito que perdi minha inocência. Ele passa as mãos nos cabelos nervoso.

— Não conta pro...

— Meu pai estava perguntando pelo senhor. — Ouço a voz da Emylle, ela fala mais alto que o normal.

— Ele está vindo pra cá e não ta feliz. — Digo e meu irmão arregala os olhos. Corre até a garota que está pelada e puxa ela pelo braço, abri a porta do guarda roupa e empurra ela pra dentro do mesmo, fechando a porta rapidamente.

Ouço passos pesados se aproximando. Sei que meu pai não pode me ver aqui, então faço a primeira coisa que me vem em mente, me jogo de baixo da cama e em seguida ouço a porta sendo aberta.

— Onde você foi ontem ?
— Pergunta furioso. —Por que ta enrolado no edredom?

Sinto vontade de espirrar por causar da quantidade de poeira que tem no chão, mas aperto meu nariz. Vejo o sapato do meu pai e os pés descalços de Nicolas.

— Eu fui pra praia com a Ella, algum problema coroa? — Bufa — Me prefere pelado?

— Você pode ir pra onde quiser, só não leve sua irmã. — Diz com firmeza. — E não brinque comigo!

— Você sempre preferiu ela.— Grita — Tenho certeza que preferia que eu tivesse morrido no acidente.

— Não fale besteira. — Papai o repreende alterado — Não sei pra quem você puxou assim, seu delinquente.

Ouço um barulho e quando vejo o que aconteceu não acredito. A loira burra está no chão pelada, me questiono como ela caiu do guarda roupa. Seu olhar se cruza com o meu e ela me olha com a esta franzida.

—Que porra é essa Nicolas? Quem é essa menina ? — Meu pai diz aos gritos. E vejo uma toalha ser jogada em cima da garota, ela se enrola na toalha e levanta.

— É...—Faz uma pausa — Minha namorada... — Responde não demonstrando muita certeza.

— Belo jeito de conhecer a nora. — Desdenha irritado. — Quem são seus pais garota?

A não! Então eu espirro e me xingo de todos os nomes possíveis, abaixo a cabeça e ouço o ambiente em silêncio. Sinto uma respiração e levanto a cabeça para me deparar com meu pai que se abaixou e está me olhando, sorrio sem graça pra ele.

— Ella o que você está fazendo aí minha filha ? —Pergunta. Me ajuda a levantar e eu limpei a minha roupa tirando a poeira e espirro novamente.

— Procurando minha sandália. — Minto, a mentira mais descarada que eu ja bolei ,eu acho ne?! Já que eu não lembro das outras.

— Eu não vou discutir com você Myrella. — Um arrepio percorre meu corpo quando ele diz meu nome, eu só sei que não gostei disso. — Vá para o seu quarto e leve essa garota junto.

Sei que meu pai vai brigar com ele e eu não quero isso. Por mais que meu irmão mereça tudo que meu pai tem pra dizer, hoje eu percebi que Nicolas não está bem, que ele se senti diminuido nesta casa e acha que nosso pai não o ama.
E se eu deixar os dois aqui a sós essa relação entre eles só vai piorar.

Começo a tossir forçadamente tentando me livrar de toda essa situação, ainda não estou acreditando que estou fazendo isso. Meu pai se aproxima preocupado pegando em meu ombro, então fingir um desmaio caindo em seus braços.

Meu pai me levanta, segurando-me em em seu colo.

— Dalva !—Grita desesperado chamando minha mãe, ele me coloca na cama e eu sei que é a do meu irmão. - Viu o que você fez seu vagabundo.

- Meu deus, o que aconteceu? - Ouço a voz da minha mãe. Continuo com os olhos fechados fingindo está inconsciente.

- Ela desmaiou.- Meu pai explica.- Chame o médico Dalva. - Ordena, nervoso.

Eu não queria está fazendo isso, fazer eles ficarem preocupados dessa maneira. Mas não tive alternativa, não queria que meu pai discutisse com o Nicolas, mas sei que só estou adiando o inevitável.

Abro os olhos lentamente e vejo meu pai em pé com uma expressão preocupada e me sinto culpada. Emy está sentada na cama ao meu lado e minha mãe está falando nervosamente no celular, percebo que Nicolas está prendendo um sorriso.

- Estou bem. - Digo tentando acalma-lós. - Só me senti tonta.

- Tudo culpa sua. - Meu pai parti pra cima de Nicolas, mas minha mãe larga o celular entrando no meio dos dois.

- Pense em sua filha, ela acabou de passar mal. - Meu pai me olha pensativo, e vem até mim depositando um beijo na minha testa, sorrio fraco.

Então sai andando para fora do quarto, mas antes diz algo para minha mãe e não sou capaz de ouvir. Ela vai atrás dele, suspiro pesadamente.

- Você é louca. - Nicolas diz rindo e Emy acompanha seu sorriso, a garota loira olha sem entender. - Obrigada, Ella.

- O que eu não faço por você criatura. - Levanto e nós dois nos abraçamos, olho pra garota que está toda confusa - Quem é ela?

Nos afastamos e ele olha pra garota dando de ombros.

- Gabi, uma amiga - Disse se jogando na cama. Sorrio pra ela em cumprimento - E essa é minha irmã.

- Sou sua namorada. - Ela corrigiu ele.

Pra ser sincera eu não gostei dessa tal de Gabriela, pra mim ela é uma puta e não é boa pro meu irmão, e acredite eu ainda não sei o que ele viu nela, ela parece queitinha, mas só parece. Vi ela ontem se agarrando com ele, e estava com um short quase entrando no útero e se fosse uma santinha não estaria aqui transando com ele desde ontem e tenho certeza que ela é só mais uma pra ele.

Vejo Emylle saindo do quarto e percebo sua presença, vou atrás dela, mas meu irmão me chama.

- Assim Ella... - Sorri coçando a cabeça e se não conhecesse Nicolas Sales diria que está constrangido. - Você pode emprestar algumas de suas roupas pra Gabi, sem querer ela rasgou a delas.

Contenho um sorriso entendendo esse " sem querer" dele. Assinto e vou indo atrás de Emy.

- Ei - Chamo. - Estava indo embora ?

- Não...- Sorri, mas sei que está incomodada com algo.
- ...Ou sim, preciso encontrar o Murilo.

- Eu vou com você.- Digo. Na verdade não quero ir, mas estou precisando me distrair.

- Você é ótima, a globo está perdendo uma atriz maravilhosa .- Rimos.

Saimos de casa e entramos em um carro que Emy disse que era o motorista particular dela.

Emylle Forbes tem mais dinheiro que eu, sua mãe é médica e dona de uma clínica muito famosa. Ao olhar pra ela parece ser uma garota metida, chata e patricinha. Mas só é uma louca e barraqueira...

Agradeçi por não encontrar minha mãe ou meu pai, não saberia como explicar que estava passando mal a instantes atrás e agora estou indo pro shopping.

Hoje percebi que a relação dos meus pais não é boa e pra completar meu pai e meu irmão não se dão bem, e Nicolas está mau na escola, bebendo e tudo indica que está se drogando. Me questiono o que falta para descobrir mais sobre minha vida.

Sinto uma sensação estranha, Emylle está tagarelando algo, mas não presto muita atenção. Involuntariamente olho pra trás e vejo através do vidro uma Mercedes preta atrás do carro.

Então Eu Acordei ( Concluído )Where stories live. Discover now