Então Eu Acordei ( Concluído )

Capítulo 3

Devido ao meu desespero acabei sofrendo uma parada cardíaca e passei por outra cirgurgia. O doutor disse que eu ainda estava sobe os efeitos dos sedativos e por isso não poderia me esforçar e tinha que permanecer em repouso. Realizei também a última operação que faltava depois que despertei do coma.
Uma semana se passou comigo inscociente e respirando através do balão de oxigênio e hoje acordo e vejo Nicolas no quarto.

— Você só ficou mais Dramática - Ele sorri balançando a cabeça negativamente. — Pega leve com os coroas, eles estão sofrendo.

Ele levanta e anda até mim ficando em pé ao meu lado. Percebo que ele está falando dos nossos pais. Tiro o balão de oxigênio para poder falar.

— Eu sou dramática ?

— Você era demais, se você queria algo fazia de tudo até conseguir. Era persistente e inteligente e eu senti tanta saudade sua.

—Eu ainda sou isso tudo, só não lembro. — Nós rimos. — Você tem espelho?

— Não, eu sou homem de andar com espelho? - Franzi a testa fazendo uma careta. 

Sorrio e observo ele pegar o celular, mexe nele e então me entrega, eu pego começando a encarar minha imagem.

Eu tenho olhos verdes tão lindos quanto o dele e minha pele é bastante branca, meus cabelos é de um tom preto longo e estão bastante bagunçados. Meu rosto está magro e estou com olheiras fundas, suspiro entregando o celular ao meu irmão.

— Não se preocupe Ella, você ficará bem. — Tenta me da esperanças e eu sorrio sem vontade. — Sempre vem um cara aqui ver você. Mas o engraçado é que ele só vem quando nossos pais não estão.

— Eu não quero ver ninguém.
— Afirmo olhando para o lado.

— Eu não sei o que ele é seu e não quero saber. Mas o cara passou esses três últimos meses aqui e preocupado, além que nos ajudou no acidente e se não fosse por ele.... Bem. Eu vi ele e agradeci, espero que você faça o mesmo.

Sinto um beijo sendo depositado em minha cabeça e então ele sai do quarto me deixando sozinha.

Eles devem ter passado esses meses preocupados comigo e eu sendo ingrata e tratando eles mal, que tipo de filha eu sou? Eu não queria agir assim, mas eu não sei como lidar com isso e toda essa situação. É frustrante você não saber quem é, e nada sobre você e além de ter pessoas te rodeando e dizendo que te ama e você não faz ideia de quem são

— Com licença..— Levantei meu olhar encontrando um rapaz entrando no quarto.

Ele é completamente lindo, seus olhos são de um azul intenso e seu rosto possui uma barba rala. Ele é alto e seu corpo é forte, está vestido com uma calça preta, uma blusa cinza e um casaco preto.

— Quem é você? — Pergunto. Talvez eu conheça ele ou ele é meu parente...

— Guilherme. — Responde e senta no sofá me olhando, está apertando suas mãos, parece que está nervoso. — Eu sou o cara que salvou você do acidente.

— Obrigada... — Agradeço. — Você foi muito corajoso.

— Eu teria feito isso por qualquer pessoa. — Da de ombros e sorri revelando dentes lindos e delineados.
— Estava passando por lá e vi um carro capotado então fui ver o que aconteceu. Vi seu irmão no carro inconsciente e avistei um corpo próximo de uma pedra e era você....

— Meu irmão disse que a gente se conhecia antes de você me ver naquele estado.

— Eu mentir, eu não te conhecia. — Ergo uma sobrancelha e olho pra ele sem entender.