Capítulo 13

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Eloá narrando

Sai da casa do Guilherme com o coração partido, apesar do nosso momento intimo ter sido muito bom para mim. O problema é que não conseguia responder a ele a sua pergunta. Sou policial e amo a minha profissão, e não posso prometer uma coisa que eu não poderei cumprir. Tenho certeza de que depois desse sexo maravilhoso irei esquecer o deus grego, talvez oque sinto é só desejo e isso não irá se repetir.

Desço o mais rápido possível para chegar à casa da dona Cecília, mas sou surpreendida com Henrique encostado na parede com dois outros rapazes conversando, quando ele me viu ergueu a cabeça e fez sinal para eu segui-lo, sem pensar, fui atrás dele. Ele parou de andar no beco e virou-se para mim.

-Que merda tu tem na cabeça?

-Do que você está falando, garoto? –Pergunto furiosa

Ele se aproxima e põe a mão na arma que estava metida na cintura.

-Deita com um e depois vai pra cama com outro, tu é policial ou prostituta? –Ele esbraveja e eu engulo em seco.

-Olha como você fala comigo seu...

-Ialá, tá querendo pagar de doida agora? Tô dizendo a verdade resta você aceita.

-Não vir aqui pra ouvir suas bobagens. –Me viro e começo a caminhar.

-Espera. –Gritou Henrique

Paro de andar e me viro para encara-lo.

-Fica longe do Guilherme, porra ele vai descobrir de você. –Ele diz me deixando completamente imóvel e congelada.

-Ele não vai... Ele... –Fico cabisbaixa

-Ele não te ama e muito menos gosta de tu. Se você pensa que ele quer você é mentira, ele nunca gostou de ninguém, a única coisa importante pra ele é matar policial e ganhar dinheiro com a bandidagem. –Ele diz ressaltando tudo oque eu já sabia.

Mordo os lábios e suspiro fundo. Como sempre Henrique estava certo, e eu apenas dando mancada.

-Eu sei...

-Se soubesse não teria ido pra cama com ele, eu tô te ajudando, mas se tu não coopera eu te entrego tá ligada? –Ameaçou se aproximando de mim.

-Eu já entendi tá bom? Isso não vai mais acontecer... -Digo e ele fingiu acreditar.

-Foca no Alex porra, é ele que vai te tirar logo dessa joça e não o Guilherme. Ele nunca iria abrir a boca pra você. –Ele me olha por alguns instantes. Encosto-me a parede e balanço a cabeça. -Alex tá de quatro por tu cara, tu já tem ele na mão. Só tem que saber como usar ele ao seu favor.

-Eu tenho nojo dele. –Sussurro e ele se encosta-se a outra parede ficando de frente para mim.

-As coisas não são fácil Eloá, mas tem que ser feitas. –Ele diz olhando para os lados.

-Eu que diga. –Digo e ele fica cabisbaixo. –Têm alguma informação para mim?

-Chegou à mercadoria de arma, agora tamos tudo montado nas armas. –Olho para arma dele e logo ele a tira a da cintura.

-Posso pegar? –Indago e ele me dá a arma.

Toco na pistola e percebo que ela é de calibre 9mm, ela era preta e um pouco leve. Só que tem esses tipos de arma é policial... Eu também tenho uma dessa no meu apartamento. Essa belezinha faz um estrago danado se não souber usar.

-Chegaram ontem, só tem arma boa. –Comentou Henrique.

-Essas armas são de uso policial... Que porra é essa. –Mordo os lábios e balanço a cabeça. –Alguém tá financiando as nossas próprias armas para o Alex. –Digo de boca aberta.

OPERAÇÃO NO MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora