Capítulo 32

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Guilherme narrando:


-Porra, tamo fudido. Vamos meter o pé da favela, irmão. –Gritou Amanda, desesperada.

Os merdinhas dos vermes invadiu a favela ontem à noite, não conseguimos impedi-los, apesar de eu ter reforçado mais a segurança a canto do morro, pus os moleques tudo para ficar na atividade. Apesar dessa confusão toda e também por estar trocando tiro com os vermes, oque me dá muito prazer por matar eles, meus pensamentos estão concentrados na minha demônia. Já faz quatro dias. Quatro agoniantes dias. Não tenho mais forças para parar de pensar nela, de deseja-la e ama-la. Inferno. Não poso ama-la, mas não consigo. Quebrei a cabeça pensando a onde ela poderia está; com quem estaria. Não durmo direito só para procura-la. E oque me deixou mais furioso é que NÃO SEI NADA SOBRE A VIDA DELA. Nem a dona Cecília soube me explicar sobre Eloá, e a onde ela estaria. Depois que explodiu a guerra, fiquei preso a este maldito morro, sem poder procurar pela minha demônia.

Desde quando sumiu do morro, não tive bons pressentimentos, além de ter vários pesadelos terríveis com ela. Eu sei que ela é forte, mas se ela foi embora para ficar longe de mim, será em vão. Eu procuro por ela nem que seja para rodar canto desse país, até mesmo no inferno...

Eu fui um idiota com ela, eu sei, mas minha cabeça não pensava direito. Eu não devia ter agido daquela forma, porém não aceito que ela fique nesse vai e vem comigo e com Alex. Só de pensar nisso, já sinto a raiva sair como fumaça pelo meu nariz.

Ela é minha, só minha.

Não dá para engolir a justificava de que ela me deixou; isso não dá mesmo, ela não tem esse direito. Não depois de ter me feito ir ao céu com todo o seu carinho, seu sorriso, o jeito que me amava... No fundo, mesmo que ela não tenha dito as palavras certas, nem eu mesmo, eu sei que ela me ama. Eu sei disso...

-Não vamos dar tudo oque nosso pai e eu construí para os vermes traíras. –Gritou Alex furioso, ele segurava uma metralhadora na mão e em seu peito, um colete, assim como eu.

-Os canas tão armados até os dentes porra. Tu quer morrer? ACABOU ALEX. –Disse Amanda, segurando o rosto do irmão, o fazendo olha-la.

Ele tirou a mão da Amanda do seu rosto brutamente e a empurrou com força para longe dele.

-Só acaba quando eu disser que acabou, porra. –Disse cuspindo as palavras, completamente furioso. –Não saio sem antes encontrar Eloá. –Ele fala com a voz baixa e com o olhar vago.

Pela primeira vez vi meu amigo apaixonado, infelizmente pela mesma mulher que eu. Que merda. Ele estava procurando por Eloá também, colocou os moleques atrás dela, mas sem sucesso. Ele também pouco sabe sobre ela, e por isso foi difícil de procura-la. Ele até ameaçou dona Cecília, Diego e Kayla para eles contarem a verdade, mas os três estavam amedrontados e nada se sabia. É claro que eu também os ameacei, mesmo não quero, mas eu precisava saber de qualquer coisinha que me ajudasse a procurar Eloá.

-Ela te abandonou, porra. Isso não é tão difícil de entender. –Rebateu Amanda, estendo as mãos para o ar.

O boato que corria pela favela era que Eloá havia abandonado Alex. Para mim, isso era aceitável, mas ela nunca que me abandonaria. Ela me ama.

Alex segurou o pescoço de Amanda e o apertou, deixando o rosto dela roxo por falta de oxigênio. Puxei pelo braço, o impedindo de machucar mais a idiota da Amanda.

-Relaxa irmão. –Peço e ele segura com força na arma. –Ela vai volta, demorô? –Digo e ele acena com a cabeça.

Amanda passa a mão no pescoço e olha feio para o irmão.

OPERAÇÃO NO MORRODove le storie prendono vita. Scoprilo ora