Capítulo 85

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Eva narrando

Quando acordei avistei meu filho ao lado do meu leito, no colo de Guilherme e minha tia do outro lado, segurando a minha mão junto com o seu crucifixo. Heitor estava sentado na poltrona perto da janela, ao lado sua noiva. Todas estavam ali, menos Alex, o que é estranho.

—Mamãe. —Lorenzo se debruçou sobre mim e me beijou.

Dei um beijo em seu rosto e sorri, mesmo sentindo um pouquinho de dor.

—Oi meu amor. —Digo passando a mão em seu rosto.

Guilherme tocou em meu rosto e abriu um sorriso. Aquele sorriso de arrancar suspiros.

—Estou bem, não é? —Perguntei, com um frio na barriga.

—Melhor impossível. Você é guerreira, esqueceu? —Disse, tocando na minha mão e dando um aperto.

—Logo vai sair daqui mamãe. —Comentou Lorenzo.

Heitor se aproximou e Guilherme deu espaço para o mesmo poder conversar comigo, sem estranhamento da parte dos dois.

—Eu fiquei muito preocupado com você... —Sussurrou. Seus olhos estavam avermelhados, e só ficava assim se ele tivesse chorado. Respirei fundo e segurei a sua mão fria.

—Estou bem. —Falo erguendo sua mão até meus lábios e a beijando. —Obrigada por ter me ajudado. —Agradeço e ele beija a minha testa.

Heitor não demorou muito no hospital, tinha que ir à delegacia dá seu depoimento. Mas antes de ir, alertou ao Guilherme de não ficar muito tempo no hospital já que a policia iria vir até aqui pegar o meu depoimento também. Depois que Heitor foi embora, pude respirar mais aliviada, pois sabia que ele não iria deixar Rafael passar por essa impune, independente das influências que Rafael tinha nesse meio.

—Estou com sede. —Digo e minha tia pega um copo de água em cima da bandeja.

Bebo um pouco e tento me sentar na cama, Guilherme me ajuda com os travesseiros e eu me sinto mais confortável naquela cama de hospital.

Olho para os três e depois para a porta.

—Por quanto tempo eu dormi? —Pergunto e minha tia rir.

—Desde ontem. —Disse com os olhos brilhando.

—E que horas são?

—Quase cinco.

Abro a boca surpresa. Bebo mais um pouco de água e aceno com a cabeça, desacreditando.

—Dormi bastante então, pela primeira vez depois que Lorenzo nasceu. —Brinquei e ele rir.

—Sim, ficamos até preocupados. Porém o médico disse que é normal depois de uma longa cirurgia. —Completou minha tia.

Mordi o lábio e olhei novamente para a porta.

—Então, cadê aquele paspalho? —Pergunto curiosa.

—Ele quem? —Indagou Guilherme, estreitando os olhos.

—Alex. —Digo e minha tia respira fundo.

—Papai Alex foi embora. —Lorenzo responde, meio chateado.

Franzo o cenho e olho imediatamente para Guilherme.

—Como assim?

Ele virou o rosto para o outro lado, desviando seu olhar do meu.

—Tia? —Questiono, e ela passa a língua entre os lábios.

—Ele estava desconsolado. Achou que você ia...

OPERAÇÃO NO MORROOnde histórias criam vida. Descubra agora