Fim

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                Eva narrando

Dois anos depois

Véspera de natal, 19:00 horas, sábado.

—Lorenzo, por que você não sai da frente desse computador e...

—Ah não, mãe. Estou quase matando... —Balbuciou, sem tirar os olhos da tela do computador.

Suspiro fundo, tentando me acalmar. Esse menino está impossível, mas tão fofinho. Cada dia mais bochechudo. Tenho vontade de aperta-lo toda hora. 

—Daqui a pouco seu tio vai chegar. —Digo e ele, pela primeira vez, olha para mim.

—Sério? —Seus olhos brilharam.

—Seríssimo. Agora vai tomar um banho para recebê-lo.

Não demorou muito e ele estava indo para o banheiro. Dei um sorrisinho de lado, satisfeita com o meu sucesso, em seguida saio de seu quarto, caminho pelo corredor e escuto as gargalhadas de Elena vindo do meu quarto. Paro em frente à porta entreaberta e vejo Guilherme fazendo palhaçada para Elena rir, e pelo visto funcionou. Ela não parava de rir.

Guilherme estava tão entretido com a filha, que nem me notou. Parada na bancada da porta pude admirar o meu homem, pai dos meus filhos e amor da minha vida. Logo quando soube da minha gravidez surtou de felicidade, e quando descobriu que era uma menininha, morreu do coração. Nunca vi homem tão enciumado com a filha. Não deixa ninguém tocar direito, e quando diz que ela é prometida de algum outro bebê, fica pra morrer.

Elena só tem oito meses de vida, é uma menina linda. Ela me puxou todinha, graças a Deus. Milagres acontecem. Sua pele é clara, seus olhos parecem duas jabuticabas e seus cabelos são cacheados como os meus. Ela é perfeita e muito, muito, muito linda.

Depois do meu casamento de ''mentirinha'' com Guilherme, se mudamos para a casa da minha tia e não demorou muito construímos a nossa casa perto da dela, praticamente

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Depois do meu casamento de ''mentirinha'' com Guilherme, se mudamos para a casa da minha tia e não demorou muito construímos a nossa casa perto da dela, praticamente. Lorenzo está estudando em uma escola perto daqui. Guilherme leva e busca-o todo dia. Ele é um paizão mesmo para essas crias.

Além de trocar a fralda de Elena e acordar todas as noites para vê-la, sem eu pedir ou algo parecido, é um amor de pai. Ele simplesmente faz sem pestanejar. Adora os filhos e me cobra pra ter mais dois. É mole?

Apesar de que a minhas regras estão atrasadas, mas não quero comentar nada agora sem saber, não posso alimentar as esperanças de Guilherme e nem as minhas.

—Olha a mamãe espiando a gente, meu amor. —Ele a pegou no colo e ficou de frente comigo.

—Oi bebê da mamãe. —Digo com a voz infantil. Já é costume. —Que cheirosa essa minha princesa. —Ela estava arrumada, usava um vestido rosa que o papai fez questão de escolher.

OPERAÇÃO NO MORROWhere stories live. Discover now