Meu Lugar

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Never gonna be alone! From this moment on, If you ever feel like letting go, I won't let you fall... Never gonna be alone! I'll hold you 'til the hurt is gone. And now, as long as I can, I'm holding on with both hands, Cuz forever I believe that there's Nothing I could need but you, So if I haven't yet, I've gotta let you know... You never gonna be alone!(never gonna be alone, Nickelback)

Harry dirigia em silêncio,eu também não tinha vontade de falar,estava tão confusa com as coisa que haviam acontecido, tinha tantas duvidas na minha cabeça e nem um caminho por onde seguir.
Olhei para meu namorado,ao menos ele estava ali comigo,ter Harry perto de mim fazia tudo parecer mais fácil.
Quando estivesse mais calma precisava contar para ele o que acontecera,ele me ajudaria e entenderia.
Sabia que sempre podia contar com ele.
-Como você me achou?
Perguntei, quebrando o silêncio,ele me lançou um olhar breve.
-procurei em todos os lugares possíveis,Sam me disse que talvez estivesse na casa dessa garota,já que são amigas,resolvi conferir. Sam,ela dera um bom palpite então.
-Porque falou com a Anna daquela forma, a chamou  de macaco estúpido. - fora a coisa mais bizarra que eu já ouvira.
-Ela te manteve lá por sete dias,nem ao menos deu notícias suas.
Assenti
-Me desculpe, por ter te preucupado tanto.
-Porque estava lá, e porque fugiu do hospital?
Agora era eu que tinha que responder as perguntas.
-Quando acordei sozinha naquele quarto de hospital me assustei,e queria ver Page antes que...
Me calei repentinamente e Harry me olhou,franziu o cenho preucupado ao ver minha expressão de pesar.
-Fiquei sete dias longe,já sepultaram a Page e eu não estava lá para me despedir dela Harry.
Harry parou o carro, já estávamos diante de casa,mas ele não abriu a porta do bentley.
Soltou o próprio cinto de segurança e depois o meu e com estrema gentileza me acomodou sobre seu colo.
Não resisti,acomodei minha cabeça em seu peito e me aninhei em meu lugar favorito,apenas agora notava o quanto sentira falta do calor do seu abraço e da forma como eu me encaixava perfeitamente em seus braços.
-Senti falta disso...
Falei baixinho.

............................................

Abri e fechei os olhos,a silhueta diante de mim foi tomando forma quando meus olhos se acostumaram a luz do abajur,reconheci Harry,ele estava de costas para mim,usava apenas jeans,estava descalço e sem camisa.
Me apoiei nos cotovelos e o obeservei,eu nunca havia visto meu namorado sem camisa.
Ele estava destraido, olhando pela janela,estava escuro lá fora ainda, notei.
Eu havia convencido Harry a passar a noite ali,não quis me afastar dele naquele momento.
Havíamos ficado deitados, ele me consolando até que peguei no sono, eu ainda  usava as roupas de Anna.
Sentei na cama, agora meus olhos já estavam acostumados a luminosidade opaca,pude ver com clareza as costas nuas de Harry.
Eram cobertas de tatuagens.
Escritas vivamente gravadas na sua pele.
Puxei a camiseta para cima e olhei os escritos no meu próprio ventre.
Eram praticamente idênticos.
Uma sensação ruim percorreu meu corpo.
Baixei a roupa rapidamente quando Harry se voltou,algo me fez querer esconder minhas marcas dele.
Ele tinha meu sorriso com covinhas favorito no rosto,e seus olhos brilhavam para mim.
"Como você pode desconfiar dele Easter "
falei para mim mesma,eram tantas coisas estranhas e sem explicação acontecendo que eu começava a desconfiar de Harry,e fora ele que sempre estivera do meu lado naqueles últimos meses,ele que prometera me ajudar com os anjos macabros que me atormentavam,ele também os via,talvez termos as mesmas marcas pelo corpo fosse mais um indício de que eramos iguais,se contasse tudo para Harry ele saberia o que fazer, certamente.
"Não Easter, não conte"
Era minha própria voz me alertando, minha consciência estava travando uma batalha dentro de mim.
Harry se aproximou e sentou na cama,sorri para ele, tentando aparentar uma calma que eu não sentia.
Eu estava tão confusa.
-Se sente melhor?
A voz dele estava preucupada.
-Sim, estou, obrigada por ter ficado comigo.
-Eu teria ficado mesmo que não pedisse.
Ele riu,quando ria parecia ainda mais jovem.
-Obrigada Harry. - nos olhamos,acariciei de leve seu rosto,ele inclinou o rosto de encontro ao meu toque- Por tudo.
-Você não devia me agradecer,eu é que tenho sorte por tê-la.
Estavamos um de frente para o outro minhas pernas descansavam de encontro ao corpo dele.
Harry me olhava com intensidade.
-Você me salvou Easter.
O encarei confusa.
-salvei de quê?
-De mim mesmo- Ele aproximou o rosto do meu,nossos narizes se roçavam e eu podia sentir o cheiro de menta do seu hálito- Eu te amo Easter Harris.
Engoli em seco,e uma lágrima rolou pela minha face,senti meus lábios se repuxarem num sorriso bobo, mas não afastei meu rosto do dele.
-Eu também te amo Harry,tanto...
Ele venceu a distância que separava nossos labios e me beijou.
Aquele era o primeiro beijo que trocávamos desde que havíamos saido da casa de Anna.
Mas não podia ter acontecido num momento mais perfeito,Harry me amava.
Eu estava tão feliz que por um momento esqueci de todos os mistérios que me cercavam.
Naquele momento só conseguia pensar no gosto de menta na boca de Harry e no quão idiota fora por desconfiar dele.

A Sétima FilhaWhere stories live. Discover now