The Wonderwall: O Regresso [Em Pausa]

Memórias

{Este capítulo contém cenas de carácter sexual. Se não gostarem/forem sensíveis a esse tipo de conteúdo, irei colocar a negrito essa parte para que não percam}

Nessa noite, acordei várias vezes e tudo após vários sonhos diferentes, mas com algo em comum: Will.

O primeiro sonho passava-se na floresta. Era por volta de setembro, início de outono, e as folhas coloridas cobriam o chão da floresta. Era de tarde, pois o sol que se estava prestes a pôr, espreitava pelas árvores.

Estava a caminhar ao lado de Will, ambos vestidos com equipamento de treino.

Dirigiamo-nos para o interior desta, caminhando até uma pequena clareira coberta de folhas de carvalho, rodeasdas pelas respetivas árvores.

Sentamo-nos encostados a uma delas, pousando as armas ao nosso lado, juntamente com o casaco de pele negra, dele.

"Sabes? Estive a ponderar e... simplesmente não consigo seguir as regras! Não posso estar contigo sendo só o teu companheiro, aprendiz e guarda." disse Will, frustrado e revoltado.

"Will, tu sabes que não podemos ser mais do que isso, a lei não permite..."

"Eu não quero saber da lei! Nós conseguimos escapar a essa lei, mas só se tu quiseres lutar por isso. Até lá tenho que ser o que tu precisares que eu seja, tendo que ignorar tudo o que sinto por ti."

"Will, já sabes que eu quero poupar o nosso sofrimento. Poderemos nem conseguir estar juntos, e depois? Depois temos que esquecer tudo o que poderiamos fazer juntos? Não me parece. É melhor para toda a gente se formos o que sempre fomos até agora."

"Já percebi... tu não sentes o mesmo que eu, pelo menos não tanto. É melhor eu voltar para o castelo. Em breve será noite."

"Will..." chamei-o para que ele se sentasse de novo.

Ele olhou de volta para mim com um ar desiludido e acusador.
Sentia-me culpada de ter dito aquilo, falando de seguida, quase sem pensar.

"Eu...desculpa, mas eu... eu amo-te. E estou a fazer isto para não te ferir os sentimentos."

Ele olhou para mim com os olhos felinos brilhantes, dos últimos raios de sol a baterem-lhe na cara pálida com barba negra e rente.

Ele foi-se inclinado na minha direção, fazendo com que fosse fechando os olhos instintivamente, até aos nossos lábios rasparem uns nos outros levemente. Estivemos assim uns segundos, até Will selar as minhas palavras com um beijo forte, mas faminto, como se dependesse disso para viver.

Senti como se tivesse um formigueiro no peito, mas era uma sensação quente e agradável.

Os nossos lábios moviam-se em sincronia, até que paramos e lentamente afastamos os nossos rostos.

"Eu não quero que tenhas este tipo de responsabilidade, mas este foi o meu primeiro beijo." disse Will.

"Eu já sabia. E não te preocupes, também foi o meu."

"A sério? Eu sou meio humano há menos tempo que tu e já beijei alguém? Sinto-me muito melhor."

"Acho que não te devias gabar de teres dado o teu primeiro beijo com uma rapariga de 16 luas, pensando bem, tu tens 24."

Ele ficou pensativo e depois amuou, sorrindo levemente.

Acordei com o coração acelerado. Porque haveria eu de sonhar com o Will? Seria outra memória? Mas porquê em sonho? Tentei esquecer o máximo possível para voltar a dormir. Virei-me para o outro lado da cama e fechei os olhos esperando adormecer.