The Wonderwall: O Regresso [Em Pausa]

De novo

Decorria o segundo dia desde que voltara à pesquisa.

Estava descansadamente a olhar entre os apontamentos e os livros pesados e espalhados pela mesa, quando o meu olhar relançou sobre um nome peculiar.

Selxus.

O nome não me era estranho, por isso resolvi ler o que dizia sobre tal ser.

Categoria: Híbrido

Género: Shapeshifter

Caracterísicas:

Esta criatura é o resultado de duas mais comuns: os Selkies e os Addonexus. 

Esta criatura resulta da conceção entre uma Selkie fêmea e de um humano e o seu nascimento terá sido num dia de um eclipse solar, enquanto o cometa Halley atravessava os céus. A criança aparenta ser um humano normal durante toda a sua vida, apesar dos seus poderes inerentes à sua condição de criatura.

Poderes: 

- Atraentes;
- Grandes poderes sedutores;
- Controlam as suas emoções;

- Envelhecem três vezes mais lentamente que um humano;
- Conseguem ver a aura natural dos outros;
- Se conseguirem encontrar uma maneira de administrar magia no seu sangue, eles conseguem:

Controlar os elementos;

Controlar a luz e a sombra;
Impedir que uma pessoa use os seus poderes, observando a sua aura natural;
Curar as feridas dos outros;
Tornar-se quase impossíveis de magoar;

Fiquei boquiaberta ao ler tais palavras. Pareciam que encaixavam como as peças de um puzzle no Adriano.

Mas ainda não tinha a certeza, teria que confirmar todas e quaisquer características para finalmente saber o que o torna tão especial.

Peguei no livro e abandonei a biblioteca em segundos, correndo pelo castelo.

Bati à porta do quarto do Adriano e entrei, após ouvir a sua permissão.

"Adriano! Preciso que me ajude com umas perguntas." disse, caminhando de rompante até À poltrona.

"Quais perguntas?"

"Simplesmente responda."

"Em que dia é que nasceu?"

"22 de Dezembro."

"De que ano?"

O príncipe ficou em silêncio.

"De que ano?" repeti.

"Não lhe posso dar essa informação."

"E porque não?"

"É confidencial. Não estou autorizado a dizer o ano do meu nascimento. Ordens do meu pai, o rei."

Suspirei de frustração. Menos um dado para me ajudar a descobrir e mais um mistério para resolver.

"Compreendo. Então diga-me, por acaso vê alguma luz colorida à minha volta?"

"Uma que não estivesse lá?"

"Não. Uma luz que estivesse sempre lá, desde a primeira vez que me viu."

"Sempre a vi rodeada de um brilho dourado. Como se fosse um ser angelical, iluminada por Deus."

Escrevi na folha que trouxe, alguns apontamentos.