O encontro

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Dirigi-me de novo aos meus aposentos, enquanto pensava na vinda de um príncipe ao meu reino.

Ao entrar no meu quarto deitei-me na cama e suspirei. Teria a tarde toda para fazer o que quisesse, principalmente descansar.

Inclinei-me para a beira da cama, onde guardara comida que me fora oferecida e retirei um chocolate simples, com pouco açúcar, pois é um condimentos caro. Mas não me fazia diferença; o meu favorito era o mais amargo.

Como um pouco deste e deitei-me, ficando num estado entre o mundo real e o mundo dos sonhos. Era a única forma de descansar, visto que se adormecesse iria ser atingida por novas memórias.

Ao fim de um longo tempo, acordei deste transe e verifiquei em que altura do dia estava. Não deveria passar muito das 3 horas da tarde, pelo que me levantei e fui à cozinha beber um pouco de água para tentar eliminar o sabor horrível da minha boca, quando se acorda.

Depois pensei no que iria fazer durante o resto desta tarde de sol e calor.

Pensei em dar uma volta pela floresta. Não fazia isto desde à muito tempo e sentia saudades de me conectar com as árvores.

Atravessei a aldeia, passei pelo campo de treinos e entrei na orla da floresta.

Caminhei pelos caminhos sinuosos e estreitos de terra que me faziam embrenhar na floresta cada vez mais.

Atravessei vários carvalhos, pinheiros e sobreiros, até chegar a uma área mais ampla, onde existia um riacho com uma largura significativa.

《Já não vinha aqui à muito tempo》pensei para mim, enquanto me recordava da última vez que estive neste sítio.

Tinha atravessado este mesmo riacho quando conheci Faye, nesta vida.

Sentei-me numa das pedras que o delimitavam e fiquei a olhar para a corrente deste, que ia calma e lentamente na direção de um rio com um caudal maior.

Comecei a pensar no Will e nos sonhos. Era quase impossível negar que nós os dois sentimos algo um pelo outro. Noutra vida iria casar com ele. Nesta, ele fez com que me sentisse que estava em casa e que finalmente pertencia a algum lugar. Senti-me completa quando o conheci e era impossível não sentir algo por ele. Ele que me faz sentir atraída só com a sua presença, que me faz estremecer com cada toque e que me inunda a mente e o corpo com uma onda de energia cada vez que me beija.

Tentei limpar a mente de imagens dele, mas era impossível. Era como tentar fugir sem me mexer, como ir de encontro a algo sem querer. Mas o problema é que eu não queria fugir, eu queria-o mais perto que nunca.

Eu sentia a necessidade de estar com ele. Ele era a minha droga. A minha cocaína e a minha heroína. O meu estimulante e o meu calmante.

"PARA DE PENSAR NELE!" gritei para mim mesma.

Ao voltar à realidade, reparei que a tarde se encontrava quente. Estava com demasiado calor, por isso aproveitei a água fresca do riacho e decidi tomar banho.

Tirei toda a minha roupa e entrei na água que fez contraste com a temperatura do meu corpo, fazendo-me retrair e depois refrescar.

Nadei levemente nas águas pouco profundas e límpidas daquele riacho. Estava relaxada e fresca. Finalmente conseguira abstrair-me de tudo por uns momentos.

Nadei mais um pouco e, de repente, ouvi um barulho.

Olhei para a direção deste e vi Will a descer a encosta ao meu encontro.

Atrapalhei-me, porque estava nua. Por isso, fiz um feitiço simpres de mover a água à minha frente, com uma velocidade maior, criando um muro de espuma e água entre o meu corpo e Will.

The Wonderwall: O Regresso [Em Pausa]Where stories live. Discover now