Capítulo 17

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Em pouco menos de uma hora William decidiu sair do lugar onde estava parado com o carro, já havia comprado o sorvete e o refrigerante, mas ao lembrar de Maite nua tomando banho voltou ao mesmo estado da excitação. Quando viu que já tinha voltado ao normal deu a partida e voltou para casa, ao entrar viu que Maite cochilava sentada no sofá. Sorriu de canto ao vê-la, mas logo se desfez dele, afinal a única explicação para explicar o que estava sentindo por Maite era tesão por ela ter o corpo bonito e nada mais.

- Maite - remexeu um pouco o corpo - Maite acorda eu trouxe o sorvete que você pediu. Ainda vai querer?

- Nossa você trouxe mesmo - William a olhou com dúvida - é que você nunca traz nada que eu peço e eu pensei que dessa vez seria igual.

- E eu acho bom você não se acostumar, só quis ser gentil uma vez já que nunca o faço.

- E porque demorou? - Maite arriscou mais um pouco.

- Nunca te devi satisfações e não vai ser só porque você está machucada que vou dar.

- Me desculpa então - abaixou a voz e a cabeça - eu vou colocar meu sorvete - pegou o pote de sorvete que estava na mão dele e foi andando até a cozinha com a muleta. Encheu uma taça do mesmo e se deliciou com a primeira colherada. Ah como amava aquilo.

Terminou de comer e foi até a sala, William estava prestando atenção em um jogo e nem a viu.

- William, me ajuda a subir?

- Vai ficar precisando de mim pra subir essa*******de escada pelo resto da vida?

- Não, me desculpe de novo, pode deixar que eu subo sozinha - ficou paralisada o olhando e concluiu que William poderia ser o tipo de homem bipolar, já que a cada momento a tratava de um modo diferente.

- Vai ficar olhando pra minha cara até quando coisa chata? Vai sobe logo que eu quero ficar sozinho.

Maite virou as costas e foi andando até a escada, primeiro as muletas e depois a perna que não estava machucada arrastando a outra, era nessa sequência que subia, até pisar em falso e sentir tudo se desequilibrar, iria rolar escada a baixo se não fossem dois braços fortes e macios a segurando e a levando no colo até a cama do quarto deles.

- Pelo visto você não consegue fazer nada sozinha mesmo, só vou te ajudar quando precisar porque não quero que fique mais machucada do que está e me dê mais trabalho que agora.

- Obrigada mais uma vez William - foi até o banheiro, escovou os dentes e voltou a se deitar ao lado oposto de William, adormecendo em seguida.


Um mês havia se passado desde a última noite, o casamento de Maite e William estava indo pior do que nunca. Ele nunca mais havia a machucado fisicamente - como prometera a Dulce - mas a xingava e a tratava pior do que uma escrava, sujando mais roupas de propósito, saia praticamente todas as noites e só voltava um ou dois dias depois, obrigava ela a fazer tudo o que ele poderia muito bem fazer sozinho sem nenhum esforço. Maite já havia tirado o gesso porém ainda mancava um pouco, estava a cada dia pior, raramente comia e quando comia automaticamente vomitava tudo, passava a maior parte do tempo em que estava desocupada chorando ou dormindo, qualquer coisa que William dizia virava motivo de choro, coisa que o irritava muito.

- Maite, o interfone tá tocando. Vá atender! - gritava para ela que quando passou pela sala viu William jogado no sofá assistindo a um jogo qualquer de futebol, bufou ao ver o que ele fazia e correu para o portão.

- TIA MAITE! - uma coisinha loira e pequena pulou nos braços de Maite a fazendo gargalhar - PORQUE VOCÊ NÃO FOI ME VER???

- Pergunta pro seu tio William - falou normalmente e colocou Isa no chão - MANINHO! - deu um abraço de urso no irmão - Onde está sua esposa.

- Ela estava cansada e preferiu ficar em casa, já eu e a Isa estávamos super dispostos a vir te ver.

- Awn que gracinha meu maninho gente - brincou com a bochecha dele e pegou Isa no colo novamente - Vamos entrar? - assentiu e entraram na enorme casa, William continuava deitado no sofá enquanto combinava um encontro com uma mulher no telefone mas desligou assim que viu Maite entrar com o irmão pela sala.

- Ér... Oi Pedro, oi Isa - disse nervoso e se ele tivesse ouvido a conversa?

- Oi William, tudo bem? - Pedro o cumprimentou normalmente enquanto Isadora pulou do colo de Maite e foi até ele.

- Ei tio - William olhou para ela que estava com cara brava - você não cumpriu o seu juramento, disse que ia levar a tia Maite pra me ver mas não levou, por que fez isso?

- Desculpa, eu estava muito ocupado na empresa e a sua tia também estava com a perna engessada - foi rude com a menina, não estava com paciência para nada, principalmente para crianças mimadas e insolentes, segundo ele.

- Não precisava falar assim comigo, eu só queria saber - se afastou dele e Pedro lançou um olhar reprovante.

- Eu acho melhor a gente ir embora Maite, já vi que estamos incomodando e não quero atrapalhar.

- Não, William só teve um dia cheio, cansativo e bem complicado na empresa, o que acha de irmos a uma sorveteria e conversarmos com mais calma?

- É pode ser. Você quer ir filha?

- Quero sim papai, e me desculpa se eu não te agradei tio William - a menina abaixou a cabeça e foi até a porta seguida por Pedro.

- Eu estou indo William, volto em menos de uma hora - ele a puxou e deu um selinho molhado enquanto Pedro olhava.

Aprendendo a Reconquistar ( Adaptada Levyrroni )Where stories live. Discover now